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terça-feira, 6 de agosto de 2013

pushing through

"... a relationship is about pushing through, not looking for a way out."

and that's what it's all about.

terça-feira, 26 de março de 2013

zen state of mind

em conversa com um amigo falámos da minha estadia aqui. ele perguntou-me se eu era feliz, pergunta só antes feita pelo meu pai. disse-lhe que por enquanto sim. até contrário mantenho-me cá mas não quero prolongar demasiado a estadia. ele respondeu-me que o dubai só mesmo para férias e eu "nem isso". só sei que é um sítio de passagem para outro melhor. e ele gostou da minha perspectiva. no fundo, foi a maneira que arranjei de encarar o facto de estar aqui porque, quer queira, quer não, a minha vida é cá. a minha casa, as minhas coisas, o meu trabalho e o meu namorado estão aqui. e só cabe a mim tentar ser feliz nela. claro que isto é a versão idílica. há sempre dois lados de uma moeda. de qualquer forma, o meu melhor amigo está aqui e enquanto assim o for, a minha presença não é desnecessária. 

só meu de aproveitar

ontem tive um dia meio bizarro. começou cedo com o meu trabalho, que acabou às 13h30. em pressa de ainda ver o manel, que supostamente não nos íamos ver até à noite, saí a correr para apanhar o metro e ainda dar um beijinho. depois de almoço sentei-me a olhar para um trabalho que tenho de fazer e nada. pus-me a ver um filme - marley & me - quando o manel voltou porque "estava a chover e os courts estavam molhados". ficámos em modo romance, falei com a minha mãe e fizemos panquecas. depois passamos para o modo loucura e decidimos rapar o cabelo, ao manel. a máquina explodiu nas minhas mãos uma nuca depois. de boné e trapos, fomos ao dubai mall, numa tentativa rápida de remediar a situação e comprar uma máquina nova. demorámos mais que o esperado porque são férias aqui à volta dos emirados e o dubai mall fica inundado de gente. rebentámos com as fichas do quarto portanto tivemos de acabar o serviço na sala. com a casa cheia de cabelos, a mesa fora do sítio, toalhas e secadores espalhados, tomamos banho, demos um beijinho e fomos dormir. fiquei com a sensação de um dia bem partilhado. que estávamos a precisar. que nos faz bem. porque ele me faz bem. e cada vez que olho para aqueles olhinhos azuis me apercebo no quão apaixonada sou. que não é necessariamente bom porque acabamos por ficar loucas. mas sou. irremediavelmente. e não gosto de o partilhar. gosto que ele seja só meu de aproveitar. ele apetece-me e faz-me apetecer todos os dias mais. e alguns menos, mas isso é outra conversa.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

life in the middle east #19.1

e ainda sobre o post de aturar os locais desta terra, quem teve um ataque nos últimos dias, pela primeira vez, não fui eu que estou sempre com um pé fora e a mala arrumada na cabeça. é verdade, as coisas são muito complicadas e sem excepção há sempre algum problema que surge do absoluto nada. problemas nada controláveis e dificilmente contornáveis. o manel dizia-me há uma semana que a vida tem de ser assim e é uma constante excitação. ser, é, mas deixa-me ansiosa maior parte do tempo. sem saber com que dinheiro é que vamos chegar ao final do mês e afins. aguentamo-nos bem e, verdade seja dita, até certo limite temos a ajuda dos nossos pais. mas aqui é questão é querermos fazer por nós. sabe bem ter a capacidade de pagar uma casa e usufruir dela. ir ao supermercado e trazer comida paga por nós. mas já me estou a desviar do objectivo disto tudo. o ataque foi algo intenso e quando trocamos de posições, eu sou mais assertiva que ele. que há confusões, há. que as pessoas não querem saber, não. mas está em nós, como indivíduos e como casal ultrapassar isso e não desistir. fui forte e enfrentámos os dois o ataque. com conversa, compreensão e a ouvir. assim é que chegamos a algum lado. quero espremer mais um bocado do leite aqui para depois ir virar rabinho para outras freguesias, também longínquas!

sábado, 17 de novembro de 2012

i'm running to you

os dias têm passado a correr e a situação está cada vez mais intensa. aqui vive-se de pouco agora. as propostas estagnaram mas a procura continua. têm altos e baixos este mercado. ou me vejo com tudo ou sem nada. com muito tempo nas mãos ou pouco para me dar. tenho pensado bastante e, principalmente no meu dia de anos, nas saudades que tenho de casa. e dias depois tive uma vontade enorme de voltar. estar com o meu pai, com a minha mãe. quando estamos longe - e já referi isso várias vezes - qualquer evento se intensifica com a falta de quem mais queremos. foi o primeiro aniversário que passei sem o meu pai. sem o abracinho de parabéns e um "não acredito que já tens 24". ter isso por skype não é, nem de perto, a mesma coisa. e quanto mais tempo cá passo, mais saudades sinto. nada substitui aquilo que temos em casa e por mais que eu própria não queira acreditar, é lá que devemos estar.

não quero ser mal interpretada. é bom sair da zona de conforto, saber arriscar e aproveitar oportunidades. seja para crescer, aprender ou só experimentar. mas qualquer coisa que eu faça daqui para a frente, nada me tira o dubai. o facto de eu estar aqui e de estar a tentar fazer coisas acontecerem. e principalmente estar aqui com o manel. estar a tentar fazer resultar uma coisa em que acredito. em que ambos acreditamos. por isso e muito mais, vale a pena aquilo que deixamos para trás. mas não se enganem. estar de volta é o melhor da vida e eu mal posso esperar por dia 6 em que aterro em lisboa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

querida e.

aqui fica a carta para quem não sabe do que eu estou a falar. e quem sabe, é sempre bom recordar.

Dear Karen,

If you're reading this, it means I actually worked up the courage to mail it, so good for me. You don't know me very well but if you get me started, I have a tendency to go on and on about how hard the writing is for me. This, this is the hardest thing I've ever had to write. There's no easy way to say this so I'll just say it. I met someone. It was an accident, I wasn't looking for it, I wasn't on the make. It was a perfect storm. She said one thing, I said another. Next thing I knew I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. Now there's this feeling in my gut: she might be The One. She's completely nuts in a way that makes me smile, highly neurotic, a great deal of maintenance required. She is you, Karen. That's the good news. The bad is that I don't know how to be with you right now. And it scares the shit out of me. Because if I'm not with you right now, I have this feeling we'll get lost out there. It's a big, bad world full of twists and turns and people have a way of blinking and missing the moment, the moment that could have changed everything. I don't know what's going on with us, and I
 can't tell you why you should waste a leap of faith on the likes of me. But damn you smell good. Like home. And you make excellent coffee -- that's got to count for something, right? Call me.

Unfaithfully yours, Hank Moody

dois de vinte e três

amanhã são dois. trezentos e sessenta e cinco mais trezentos e sessenta e cinco. nunca pensamos nestas coisas. gostamos de imaginar mas quando menos esperamos elas chegam. não foi planeado e muitas vezes revejo o primeiro dia na minha cabeça. lembro-me que começou tudo com uma aposta. conheço-o desde pequena, éramos amigos e brincávamos juntos. os nossos pais também sempre se conheceram. o que tornou as coisas mais estranhas. ao longo dos anos deixámos de nos dar mas sempre existiu o "olá" ocasional. sendo da mesma cidade e essa cidade sendo pequena, acabamos sempre por ver toda a gente. considerava-o uma paixão platónica. sempre que o via ficava intimidada. e nunca imaginei que alguma coisa pudesse acontecer. lembro-me de amigos me mandarem mensagens em noites que eu não saía a dizer "ele está aqui no bar tal" ou "acabou de entrar o manel". ficava odiosa de ter ficado em casa. anos disto. até que há dois anos, pela segunda vez, trocámos de números de telefone. falávamos ocasionalmente por mensagem. sendo jogador profissional passava algum tempo fora. nunca lhe liguei muito. das vezes que falámos, acabei por convidá-lo para ir ao sudoeste. disse-lhe que ia e a conversa que me deu dava a entender que se estava a fazer de convidado. e nunca mais pensei na situação. chegando o sudoeste 2010, o meu telemóvel decidiu dar das suas e deixou de funcionar. tentámos encontrar-nos durante os três primeiros dias e nunca resultou. falhava a bateria ou não estávamos no sítio onde dizíamos. até que ao quarto decidi pedir um telemóvel emprestado - por sinal ao amigo com quem fiz a aposta - e ele passou o dia connosco. fomos ao pego das pias, fiz-lhe o jantar e, há falta de companhia, foi comigo ver o concerto do mika, sugababes e afins. entre conversas, cervejas, sorrisos e flirts, beijámo-nos. não sei ao som de que música. deixei de ouvir e tudo se tornou um pano de fundo. as semanas que se seguiram só nos víamos aos fins de semana. eu de férias em lagos e ele a treinar em lisboa. falámos todos os dias. telefonemas, mensagens. aos fins de semana estávamos juntos. mas nunca esperei muito daquilo. achei que era um fling de verão. as minhas amigas podem comprovar. até que um dia, depois de ter ido para a croácia jogar torneios, lesionou-se. e sem eu saber, apareceu-me à porta de casa, com um papelinho relativamente plagiado do californication, mas não menos fofo. comecei a chorar e a partir daí foi história. comecei a dedicar-me ao que me pareceu ser uma oportunidade única. e ele assim a considerou também. dois anos mais tarde estamos juntos, a partilhar a vida e um apartamento no dubai e, com os seus altos e baixos, não poderia estar mais feliz. sem qualquer expectativa do futuro, não vou aqui pedir mais dois anos assim, mas esperar que os dias aconteçam, que as coisas se desenrolem. e mais crescida, mais madura, mais vivida, digo-te com todo o meu coração que não és só a pessoa da minha vida agora, mas sempre e para sempre. porque por mais coisas que aconteçam, vamos sempre ter o médio oriente. e por isso, não há palavras.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

la petite maison

ontem foi um dia cheeeio de coisas, boas e más. como tem sido recorrente esta semana, o trabalho está agitado (FINALMENTE) e tenho andado bastante ocupada. a motivação e vontade são logo outras. mas quase a sair recebi uma notícia ranhosa: o meu hóme teve um acidente de carro. acho que já tinha escrito no facebook que, no dubai, mesmo que a rua seja de sentido único, devemos sempre olhar para os dois lados. people are crazy! e foi o que aconteceu. a caminho de me vir buscar, numa estrada de sentido único, uma mulher árabe com um carro enorme veio em contra-mão para chocar de frente com o nosso carro. mal soube, sai do trabalho e de táxi fui ter com a ocorrência. o carro ficou sem frente e quando cheguei a polícia já lá estava. ficou tudo bem e ninguém se magoou. não tivemos problemas de maior e só falta a agência de aluguer substituir o carro.

à noite, fomos convidados a jantar com um dos treinandos do manel num dos melhores restaurantes do dubai. la petite maison é um pacato restaurante situado num dos maiores centros de empresas do dubai, relativamente perto da nossa casa, onde se serve a melhor comida que já comi. infelizmente não tenho fotos para vos mostrar porque tive vergonha de as tirar. mas deixo-vos o site para conseguirem ter noção das duas horas que lá passamos. a comida era divinal, nada ficou mais ou menos e bebi o meu primeiro copo de chardonnay. coisa deliciosa! o melhor de tudo foram as sobremesas. sei que duas das minhas amigas iam dar qualquer coisa por uma garfada daquilo que eu provei. se o sabor se conseguisse transmitir, eu daria o meu melhor para vos fazer perceber. o jantar foi-nos oferecido porque o dito cujo é extremamente wealthy e vai ao restaurante dia sim dia sim. não paramos de falar na comida e no quão cheios estávamos. ficamos sem noção de quanto ficou tudo, mas por nós, tínhamos pago de muito bom grado.




quinta-feira, 26 de julho de 2012

being sick sucks!

agora que o pior já passou a vontade de escrever veio com a cura. estive doente estes dias, o que me levou a faltar ao trabalho um deles - oh que chato - mas é menos um dia que sou paga. problemas de estômago pela ingestão de antibióticos mal recomendados. não tenho nada contra indianos, mas dermatologistas do tipo, não aconselho. o meu sistema digestivo estava por um fio há umas semanas e tudo por um tratamento pouco adequado. agora estou a sentir-me mais fresca e melhorzita, à base de chá de camomila - que finalmente encontrei cá - e muitos miminhos. adormecer no colo do namorado é o melhor que posso pedir. sempre!

entretanto tenho estado a trabalhar noutros projectos e noutro blog que apresentarei quando a oportunidade se proporcionar. ou quando eu achar que devo e que está pronto.

o trabalho continua uma seca pegada mas ontem tive uma reunião com dois clientes para fazer alguns trabalhos extra-curriculares. o melhor disto tudo é sair às quatro da tarde. apesar de que a primeira semana foi pouco ou nada aproveitada. not to worry porque hoje já é fim de semana e estou a tentar convencer a criança a ir dar um passeio a outro emirado para não ficarmos o dia todo em casa, a aproveitar o fresquinho e conforto do lar. também tenho de tratar da prenda de namoro. está a aproximar-se a data que marca os 730 dias de namoro ou as 17 520 horas que dedicamos um ao outro - nem sempre da melhor maneira - ou os 1 051 200 segundos que dispensamos a pensar um no outro. quero fazer uma surpresa mas ainda não idealizei como. que a próxima semana me traga mais inspiração, bom humor e saúde, que como diziam as minhas ricas avózinhas é o bem mais precioso que temos.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

like!

gosto de jogos da seleccao.
gosto de uma cerveja fresca.
gosto de vestidos de alcas.
gosto de cadernos.
gosto de pele salgada.
gosto dos teus beijinhos.
gosto de esparguete.
gosto de ter saudades.
gosto de abracar as minhas amigas.
gosto de reviver momentos divertidos.
gosto de ser nostalgica.
gosto de tirar fotografias.
gosto de pensar na decoracao da minha casa.
gosto de cozinhar para ti.
gosto de correr.
gosto da tua cumplicidade.
gosto da minha cama.
gosto do Somerset Maughan.
gosto do meu iPhone.
gosto da minha mala nova.
gosto de ti e adoro quando sorris para mim.

(desculpem a falta de acentos, mas o teclado do trabalho nao os tem).

domingo, 15 de abril de 2012

something more.

há coisas que não se podem medir. o meu amor por ti é uma delas. 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

panic much?

parece que já é oficial e que já vos posso contar as notícias todas que tenho. não sei se comece pelas boas ou pelas más. mas talvez comece pela mais importante, a minha avózinha paterna deixou-nos. repentina e subitamente. apesar de já estar doente há uns meses, acabou por ceder a uma infecção de pele. soube ontem e vim a correr para casa, estar com a família e vê-la uma última vez, mesmo que a dormir. esta semana começou domingo, bastante agitada e com decisões life changing. com a minha avó estava tudo, aparentemente bem, mas decidi ir com o meu namorado para o dubai, e não de férias. vamos arriscar e embarcar juntos para a cidade taxless. ele com emprego garantido, mas à experiência e eu com algumas propostas. segunda e terça foram dias agitados, passaportes, cancelamento de inscrições, mantimentos, planos, contar a amigas e amigos. quarta acordei para terríveis notícias, choro e gritaria. continuaram os preparativos e uma viagem bem longa e tardia para lagos. amanhã, depois de tudo, tenho de ir a correr para lisboa terminar os assuntos que não podem ser resolvidos no fim-de-semana. finalmente o fim-de-semana vai ser de arrumações, despedidas e malas. tem sido tudo bastante repentino e até agora a única coisa que me preocupa são as 7 horas de avião de londres ao dubai! credo que tenho medo de andar de avião. e desde domingo já tive quatro ataques de pânico. tem sido uma montanha-russa de emoções que não estão para descansar. esta e a próxima semanas vão ser as primeiras do resto da minha vida. mesmo que só à experiência o dubai pode tornar-se na minha casa nos próximos anos. mais não seja um grande passo a dar na minha relação pelo compromisso que assumimos. não falemos mais disto que as novidades são só para ser dadas e não para serem interiorizadas. pelo menos não por enquanto.

sábado há despedidas ou um até já.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ainda no viveram felizes para sempre.

começamos a manchar as relações. seja lá com o que for. uma mentirinha aqui. uma omissão ali. um sorriso falso. há qualquer coisa que parece começar a correr mal até culminar com o término da relação. aquilo que existia quebra-se e ficamos amargurados com o amor. nunca deixei de pensar que iria encontrar outra pessoa quando eu e o meu ex-namorado acabámos. sempre fui bastante realista. dito e feito, menos de um ano depois estava com o meu actual. alguém que já conhecia há muitos anos mas nunca estabeleci uma relação para além de brincadeiras em criança e 'olás' fortuitos. sempre tive uma queda por ele. mas muito soft. para além de ser um ano mais novo que eu, nunca achei que se fosse interessar por uma rapariga como eu. e ao fim e ao cabo, ele achava o mesmo. não posso dizer que deixei de ter a minha atitude inocente, de criança em relação a ele. independentemente de todo o tempo que passamos separados por razões que para aqui não são chamadas. acho que sou pouco capaz de mentir. e com ele as coisas acontecem de uma forma bastante inesperada. ao contrário de vários aspectos na vida dele, eu não faço parte de uma rotina. acabamos sempre por estar juntos em situações diferentes e é isso que me deixa feliz neste ano e meio. e agora que se abrem possibilidades à nossa frente, fico perplexa com a vontade que ele tem para estar comigo, muito na sua inocência também. apesar de achar que somos duas crianças, algum dia temos de crescer e enfrentar o que se avizinha. estejamos juntos ou não. mas na minha modesta opinião, preferia que estivéssemos juntos. um par de cabeças loiras é sempre bom!

sábado, 21 de janeiro de 2012

this is it.

mas isto não significa que a minha vontade não seja passar a vida com ele. que é. ainda mais agora. posso certamente dizer que a palavra certa está próxima de ser dita. sem querer parecer melodramática.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

hanging by a moment"

gostava de ter o poder de fazer fast forward. a espera está a sufocar-me lentamente.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

a insustentável leveza de existir.

os últimos meses foram os mais estranhos, complicados, diferentes e cheios de primeiras vezes de sempre. especialmente as últimas duas semanas que culmataram com a entrega da dissertação. algo em mim pareceu transformar-se e responsabilizar-se pelo que se ia passar. foram dias e noites intensos de trabalho, de paranóia. não consegui descansar até hoje. tive o meu primeiro dia de verdadeiro descanso. fui para a cama às duas e tal da manhã, acordei às dez e depois de um passeio na praia, dormi a tarde praticamente toda. acabar a dissertação foi, no mínimo estranho. apercebi-me que nos últimos meses não me tenho sentido eu. não tenho sido eu. e não quero continuar a não me sentir eu. não me está a fazer bem nem às pessoas que convivem comigo. estou amarga, assustada, ansiosa, nervosa. detesto. duvido de mim e de todos, do que me dizem e do que faço. acho-me cheia de razão quando não tenho. e pior, que só agora é que estou a ter noção disso. senti-me muitas vezes mal, o que não é normal em mim. deixei-me levar pelo tempo passar e tornei-me amarga. e nunca fui uma pessoa amarga. estou a ressentir isso e deixa-me doente. apesar disso, entreguei o documento na sexta-feira, com tudo o que era preciso e me foi pedido e sem o sentimento de missão cumprida. o processo ainda não acabou. mas tenho de entrar numa nova fase da minha vida e fazer-me a ela! o primeiro passo é fazer anos. o segundo é arranjar trabalho. o terceiro, consciencializar-me daquilo que é ter o meu dinheiro e gastar dele. o quarto.. não estou preparada para falar nele. tudo a seu tempo como tanto me é dito. hoje, arrependo-me de ser tão impaciente e imediatista. não consigo esperar que as coisas aconteçam, sinto que tenho de as pressionar. mas não é produtivo. nem afectivo. ter calma faz parte de crescer, de nos tornarmos alguém que até hoje nunca fomos e realmente sentir que evoluímos e amadurecemos. este passo gigante de entregar a tese que andou a fermentar a minha vida nos últimos meses constitui parte do que eu sou agora, mas servia como um pano a tapar os olhos. sinto que me fui perdendo pelo percurso e preciso urgentemente de me encontrar. não quero que o que eu sou ofusque quem eu era. adoro quem eu era. e já não me sinto assim há muito tempo. quando todos os problemas começaram. sem negligenciar problemas a sério. mas a que é que eu posso pregar senão à minha própria existência?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

a pior ressaca do mundo #6

nós, meninas, temos uma forma mais pesada de viver as coisas. sentimo-las demasiado. como se fosse o pior que já nos aconteceu. a cabeça tem tendência para vaguear onde não deve, pensar em exagero, ampliar demasiado as situações. eu sei. sou vítima disso. daí os posts da pior ressaca do mundo. nada me faz pensar que vai tudo correr bem, que o tempo passa a correr porque estou ocupada ou em companhia de amigos e amigas. ajuda. bastante e é tudo aquilo a que me agarro. mas não deixo de sentir que falta algo. algo grande. uma espécie de buraco naquilo que é o meu peito. fico obcecada com as tecnologias, redes sociais, telemóvel e afins. em esperança de poder falar nem que sejam cinco minutinhos. dou por mim a ouvir músicas calmas, melancólicas que me remontam a outros dias. aos poucos que costumamos ter. apesar de suficientes.

paneleirices!


terça-feira, 27 de setembro de 2011

turbilhão.

as discussões fazem parte das relações. mesmo quando começam com os assuntos mais relativos. mas acabam sempre com alguma revelação amorosa ou gostosa de se saber. ontem tive uma e a meio da própria discussão/conversa recebi um beijo de reciprocidade, daquilo que eu tinha dito. foi inesperadamente agradável e fez-me gostar ainda mais, sentir um bocado mais, querer um pedacinho mais. credo!

domingo, 25 de setembro de 2011