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terça-feira, 26 de março de 2013

zen state of mind

em conversa com um amigo falámos da minha estadia aqui. ele perguntou-me se eu era feliz, pergunta só antes feita pelo meu pai. disse-lhe que por enquanto sim. até contrário mantenho-me cá mas não quero prolongar demasiado a estadia. ele respondeu-me que o dubai só mesmo para férias e eu "nem isso". só sei que é um sítio de passagem para outro melhor. e ele gostou da minha perspectiva. no fundo, foi a maneira que arranjei de encarar o facto de estar aqui porque, quer queira, quer não, a minha vida é cá. a minha casa, as minhas coisas, o meu trabalho e o meu namorado estão aqui. e só cabe a mim tentar ser feliz nela. claro que isto é a versão idílica. há sempre dois lados de uma moeda. de qualquer forma, o meu melhor amigo está aqui e enquanto assim o for, a minha presença não é desnecessária. 

só meu de aproveitar

ontem tive um dia meio bizarro. começou cedo com o meu trabalho, que acabou às 13h30. em pressa de ainda ver o manel, que supostamente não nos íamos ver até à noite, saí a correr para apanhar o metro e ainda dar um beijinho. depois de almoço sentei-me a olhar para um trabalho que tenho de fazer e nada. pus-me a ver um filme - marley & me - quando o manel voltou porque "estava a chover e os courts estavam molhados". ficámos em modo romance, falei com a minha mãe e fizemos panquecas. depois passamos para o modo loucura e decidimos rapar o cabelo, ao manel. a máquina explodiu nas minhas mãos uma nuca depois. de boné e trapos, fomos ao dubai mall, numa tentativa rápida de remediar a situação e comprar uma máquina nova. demorámos mais que o esperado porque são férias aqui à volta dos emirados e o dubai mall fica inundado de gente. rebentámos com as fichas do quarto portanto tivemos de acabar o serviço na sala. com a casa cheia de cabelos, a mesa fora do sítio, toalhas e secadores espalhados, tomamos banho, demos um beijinho e fomos dormir. fiquei com a sensação de um dia bem partilhado. que estávamos a precisar. que nos faz bem. porque ele me faz bem. e cada vez que olho para aqueles olhinhos azuis me apercebo no quão apaixonada sou. que não é necessariamente bom porque acabamos por ficar loucas. mas sou. irremediavelmente. e não gosto de o partilhar. gosto que ele seja só meu de aproveitar. ele apetece-me e faz-me apetecer todos os dias mais. e alguns menos, mas isso é outra conversa.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

life in the middle east #19.1

e ainda sobre o post de aturar os locais desta terra, quem teve um ataque nos últimos dias, pela primeira vez, não fui eu que estou sempre com um pé fora e a mala arrumada na cabeça. é verdade, as coisas são muito complicadas e sem excepção há sempre algum problema que surge do absoluto nada. problemas nada controláveis e dificilmente contornáveis. o manel dizia-me há uma semana que a vida tem de ser assim e é uma constante excitação. ser, é, mas deixa-me ansiosa maior parte do tempo. sem saber com que dinheiro é que vamos chegar ao final do mês e afins. aguentamo-nos bem e, verdade seja dita, até certo limite temos a ajuda dos nossos pais. mas aqui é questão é querermos fazer por nós. sabe bem ter a capacidade de pagar uma casa e usufruir dela. ir ao supermercado e trazer comida paga por nós. mas já me estou a desviar do objectivo disto tudo. o ataque foi algo intenso e quando trocamos de posições, eu sou mais assertiva que ele. que há confusões, há. que as pessoas não querem saber, não. mas está em nós, como indivíduos e como casal ultrapassar isso e não desistir. fui forte e enfrentámos os dois o ataque. com conversa, compreensão e a ouvir. assim é que chegamos a algum lado. quero espremer mais um bocado do leite aqui para depois ir virar rabinho para outras freguesias, também longínquas!

sábado, 17 de novembro de 2012

i'm running to you

os dias têm passado a correr e a situação está cada vez mais intensa. aqui vive-se de pouco agora. as propostas estagnaram mas a procura continua. têm altos e baixos este mercado. ou me vejo com tudo ou sem nada. com muito tempo nas mãos ou pouco para me dar. tenho pensado bastante e, principalmente no meu dia de anos, nas saudades que tenho de casa. e dias depois tive uma vontade enorme de voltar. estar com o meu pai, com a minha mãe. quando estamos longe - e já referi isso várias vezes - qualquer evento se intensifica com a falta de quem mais queremos. foi o primeiro aniversário que passei sem o meu pai. sem o abracinho de parabéns e um "não acredito que já tens 24". ter isso por skype não é, nem de perto, a mesma coisa. e quanto mais tempo cá passo, mais saudades sinto. nada substitui aquilo que temos em casa e por mais que eu própria não queira acreditar, é lá que devemos estar.

não quero ser mal interpretada. é bom sair da zona de conforto, saber arriscar e aproveitar oportunidades. seja para crescer, aprender ou só experimentar. mas qualquer coisa que eu faça daqui para a frente, nada me tira o dubai. o facto de eu estar aqui e de estar a tentar fazer coisas acontecerem. e principalmente estar aqui com o manel. estar a tentar fazer resultar uma coisa em que acredito. em que ambos acreditamos. por isso e muito mais, vale a pena aquilo que deixamos para trás. mas não se enganem. estar de volta é o melhor da vida e eu mal posso esperar por dia 6 em que aterro em lisboa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

querida e.

aqui fica a carta para quem não sabe do que eu estou a falar. e quem sabe, é sempre bom recordar.

Dear Karen,

If you're reading this, it means I actually worked up the courage to mail it, so good for me. You don't know me very well but if you get me started, I have a tendency to go on and on about how hard the writing is for me. This, this is the hardest thing I've ever had to write. There's no easy way to say this so I'll just say it. I met someone. It was an accident, I wasn't looking for it, I wasn't on the make. It was a perfect storm. She said one thing, I said another. Next thing I knew I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. Now there's this feeling in my gut: she might be The One. She's completely nuts in a way that makes me smile, highly neurotic, a great deal of maintenance required. She is you, Karen. That's the good news. The bad is that I don't know how to be with you right now. And it scares the shit out of me. Because if I'm not with you right now, I have this feeling we'll get lost out there. It's a big, bad world full of twists and turns and people have a way of blinking and missing the moment, the moment that could have changed everything. I don't know what's going on with us, and I
 can't tell you why you should waste a leap of faith on the likes of me. But damn you smell good. Like home. And you make excellent coffee -- that's got to count for something, right? Call me.

Unfaithfully yours, Hank Moody