domingo, 24 de novembro de 2013

havas

não tenho a certeza se amanhã começa uma nova fase. na quinta-feira passada fui a uma entrevista na havas (antiga euro rscg) uma agência mundial conhecida pelas marcas com que trabalha. a entrevista pareceu-me correr bem, mas cedo na semana tinham-me ligado a avisar que seria levada a entrevista e, eventualmente contratada, para um estágio de três meses não remunerado. ora, eu sempre disse que sou contra esse tipo de comportamento empresarial. todo e qualquer trabalho deve ser compensado e este dá-me a sensação que não é. fazem as pessoas trabalhar, sempre, até mais tarde, sem qualquer tipo de ajudas de custo, garantindo que se nos esforçarmos ficamos com um lugar júnior na empresa só para continuar com as horas de cão e um salário miserável. ah! e não há garantia que entretanto não nos despeçam, como aconteceu a uma amiga que durou duas semanas. sexta-feira de manhã ligam-me a dizer que fiquei com uma das vagas e que começava segunda às 9h30. no momento aceitei. relutante. e para ser sincera continuo agora. tenho vontade de lá chegar amanhã, dizer que agradeço a oportunidade mas que não colaboro com este tipo de atitudes e não trabalho de graça. porque a verdade é que não sei se me quero esforçar e dar o meu melhor a quem está a lucrar com o trabalho não pago de outra pessoa. dizem que é um bom nome para ter no currículo, havas. que ganho experiência e tendo em conta que não estou a trabalhar, pelo menos estou ocupada. mas não sei se quero estar ocupada com isso. ir contra aquilo que sempre disse e regredir na minha "carreira". não estou entusiasmada. não anseio pelo primeiro dia de trabalho e acima de tudo, estou chateada comigo. mas até amanhã ainda alguma coisa pode mudar.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

experiência pessoal vs. regularidade de encontros

é difícil compreender a linha que definimos em relação ao que decidimos contar ou não a outras pessoas. assuntos pessoais, assuntos laborais, assuntos mundanos, assuntos dos outros. qual é a linha (sem ser a da zon) que nos pode ajudar a ter filtros? pessoalmente tento defini-la por indivíduos. há vários tipos de pessoas na minha vida e cada uma está classificada por interacção. regularidade de encontro vs. experiência pessoal. e sinto que deve existir um equilíbrio que deita abaixo os nossos filtros e outro que os mantém. lá por me dar há muito tempo com alguém não quer dizer que seja um encounter regular, ao passo que uma pessoa que não conheço há mais de cinco anos não seja a escolha certa para partilhar os assuntos. isto porque há dois dias que discuto esses limites com o manel como forma de arranjarmos, os dois, um equilíbrio que nos ajude a perceber o que contar ou não, por exemplo aos nossos pais. chegamos a um acordo e, pelo menos na próxima semana, há previsões de paz no lar.

 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

what the blip

a mudança veio quase três meses depois e quero ter este espaço como o espaço de experimentação para o meu curso que ainda vai só na fase feto. tenho tentado empurrar com alguns vídeos on the side mas a coisa está a ir mais lentamente do que eu queria. estou desempregada, com pouco para fazer e mesmo assim 24 horas não são suficientes. consigo, sempre, manter-me ocupada seja com o que for. isso traz-me um bocado de infelicidade porque imagino quando tiver (se tiver) trabalho. notem que já não chamo emprego, porque em portugal não se sabe o que isso é, é trabalho. só peço trabalho. ainda não passou tempo suficiente mas já esgotei os limites da minha busca. já passei dias maus a pensar que não estou a conduzir a minha vida para lado nenhum e outros melhores em que posso agradecer o tempo que me está a ser dado para aproveitar e organizar a minha vida. estou a um dedo de começar a concorrer para trabalhos fora da minha área que inclui uma vasta panóplia de áreas como o lazer, alimentação ou carpintaria. entretanto estou à procura de um estilo que possa identificar o meu estilo (?) passo à contradição. fresquinha nos 25, imaginava um roteiro diferente daquele que estou a seguir. talvez com menos tempo e mais trabalho. tenho parado para pensar nas minhas prioridades e o que significa ter prioridades. fazer uma coisa primeiro em vez de outra? porquê? dar mais importância a um amigo que outro? a culpa vai pesando um bocado e quero libertar-me dela o mais depressa possível. talvez não saiba como e tenha perdido esse jeito de agir. depois do tempo que estive fora - e da vontade que tenho de voltar a sair - acabo por criar certos hábitos, talvez de protecção, que me parecem tão distantes dos que tinha antes de me ir embora. o facto de não saber estar e ficar com certas pessoas atormenta-me a cabeça e perturba-me os sonhos. ultimamente tenho tido sonhos bastante realistas, tipo aqueles quadros onde vemos uma taça cheia de fruta. situações e pessoas reais em momentos que poderiam, facilmente, ser reais. é engraçado. não acrescentam nem retiram nada. assombram-me o sono, que precisa ser posto em dia, e não me deixam descansar completamente. o de hoje levou a uma mensagem que foi lida mas ficou por ser respondida e fico sem saber porquê. tento não dar assim tanta importância que, como já foi referido n vezes neste espaço, nós meninas temos tendência a projectar. de qualquer forma, não desanimem que isto daqui, só pode melhorar.