sexta-feira, 12 de julho de 2013

work is life is work is life is work

não me tem apetecido muito escrever sobre a minha vida pessoal. aborrece-me ao ponto de me sentir egocêntrica por falar só de mim, mim, mim. muitas vezes é disso que gostamos, saber da vida das outras pessoas sem ter de perguntar. aqui ela é dada. eu assumo que alguns leitores me conhecem e outros não, mas escrevo com algum cuidado. ultimamente tenho tido bastante tempo para pensar no que é ser designer gráfica. precisamos de quase inspirar aquilo que fazemos e isso molda-nos a visão. não consigo sair à rua sem ser analítica em relação ao que vejo e isso é bastante comum na profissão. estou a seguir um projecto (http://fortydaysofdating.com/) da muito recente heroína jessica walsh. fiquei atarantada quando descobri que ela trabalha com o stefan sagmeister. concorri de imediato ao estúdio em nova iorque, gostaram do meu portfolio mas não estão a contratar. mas comecei a seguir a jessica nas redes sociais, li artigos, procurei os trabalhos que ela fez, faz e tem planos de fazer. é uma rapariga nova com ambições e sinto que posso ser exactamente como ela, mas sorrir mais um bocado. 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

sista from another mother

pela primeira vez desde que me fui embora para o dubai, estou sozinha em casa em lisboa. acho que há bastante tempo que não estava aqui sem ninguém, muito menos sem a ana. ontem à noite custou-me imenso e bateu um ataque de saudades de quando vivíamos juntas. foram dos melhores dois anos da minha vida e praticamente não tivemos dias em que não nos divertíssemos, mesmo que por pouco tempo. passou a correr e as memórias que me assombram agora respiram nestas paredes. custa-me pensar numa realidade que já foi há quase dois anos. e agora estou aqui. a limpar a casa sozinha e a olhar para as prateleiras e armários semi vazios a gritarem "onde é que está a ana?". o bom da coisa é que estamos as duas felizes, bem e com sentimento mútuo em relação ao tempo que vivíamos juntas. disse-lhe ontem e digo agora, são alturas que ninguém nos tira e termos partilhado esta casa foi das melhoras coisas que me podia ter acontecido. definitely. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

mais para lá.

quando conhecemos uma pessoa não conseguimos medir a quantidade de experiências que ela já teve. se é feliz, se está deprimida, se quer companhia, se quer estar sozinha, se já foi uma doida, se é recatada. e depois quando nos contam qualquer tipo de experiência não conseguimos medir o quão significativa foi. eu penso em várias pessoas que estão à minha volta - mãe, pai, namorado, irmão, primo, prima. a quantidade de coisas que já experimentaram é completamente impossível de se imaginar. no entanto, quando nos contam, estamos um passo mais perto de perceber o que é que tornou seja quem for naquilo que é no momento em que está a falar connosco. penso no meu namorado. uma pessoa que se tornou independente bastante cedo na vida por jogar ténis e ter sido aquilo a que se dedicou. não posso falar por ele até à, quase, três anos atrás quando começámos a namorar. sei aquilo que ele me conta - que algumas coisas me metem confusão - mas entendo aquilo por que ele passou e a aquilo em que se tornou. não quer dizer que concorde com tudo ou ache que tenha sido a melhor decisão. mas seja o que for, os caminhos que ele escolheu conduziram-no a mim em 2010. um grande e fortuito acaso que nos permitiu estar, até hoje juntos. e apesar de eu nem sempre achar que as coisas vão resultar, há dias que só posso acreditar. hoje por sinal não é desses dias e nem pouco mais ou menos. estou com a paciência em sopa e não consigo fazer nada do que penso. não sei se é cansaço, saturação ou incerteza, mas estou a passar alguma fase estúpida. mas não me quero desviar do assunto. hoje pensei nisto por conversas que tive com a minha mãe sobre ex-namorados e ex-curtes. ela falou-me das dela e eu das minhas. e o que quer que seja que tenha acontecido na vida da minha mãe, levou-a a estar com o meu pai e a tudo o que se passou hoje. a cadeia de eventos numa vida que levam e sucedem outros é incrível. isto tudo para dizer que não devemos ser rápidos demais a julgar alguém porque uma série de acontecimentos levou a que essa pessoa se tornasse naquilo que vemos. não bons nem necessariamente maus, mas coisas.