quarta-feira, 3 de julho de 2013

mais para lá.

quando conhecemos uma pessoa não conseguimos medir a quantidade de experiências que ela já teve. se é feliz, se está deprimida, se quer companhia, se quer estar sozinha, se já foi uma doida, se é recatada. e depois quando nos contam qualquer tipo de experiência não conseguimos medir o quão significativa foi. eu penso em várias pessoas que estão à minha volta - mãe, pai, namorado, irmão, primo, prima. a quantidade de coisas que já experimentaram é completamente impossível de se imaginar. no entanto, quando nos contam, estamos um passo mais perto de perceber o que é que tornou seja quem for naquilo que é no momento em que está a falar connosco. penso no meu namorado. uma pessoa que se tornou independente bastante cedo na vida por jogar ténis e ter sido aquilo a que se dedicou. não posso falar por ele até à, quase, três anos atrás quando começámos a namorar. sei aquilo que ele me conta - que algumas coisas me metem confusão - mas entendo aquilo por que ele passou e a aquilo em que se tornou. não quer dizer que concorde com tudo ou ache que tenha sido a melhor decisão. mas seja o que for, os caminhos que ele escolheu conduziram-no a mim em 2010. um grande e fortuito acaso que nos permitiu estar, até hoje juntos. e apesar de eu nem sempre achar que as coisas vão resultar, há dias que só posso acreditar. hoje por sinal não é desses dias e nem pouco mais ou menos. estou com a paciência em sopa e não consigo fazer nada do que penso. não sei se é cansaço, saturação ou incerteza, mas estou a passar alguma fase estúpida. mas não me quero desviar do assunto. hoje pensei nisto por conversas que tive com a minha mãe sobre ex-namorados e ex-curtes. ela falou-me das dela e eu das minhas. e o que quer que seja que tenha acontecido na vida da minha mãe, levou-a a estar com o meu pai e a tudo o que se passou hoje. a cadeia de eventos numa vida que levam e sucedem outros é incrível. isto tudo para dizer que não devemos ser rápidos demais a julgar alguém porque uma série de acontecimentos levou a que essa pessoa se tornasse naquilo que vemos. não bons nem necessariamente maus, mas coisas.

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