quarta-feira, 10 de março de 2010
compilação #01
uma coisa que eu tenho reparado é que, constantemente, nós, raparigas, mulheres, miúdos, homens, seres humanos (no geral) temos a capacidade de nos reinventar. não de sermos completamente diferente daquilo que normalmente somos. mas destacarmos uma parte do melhor (ou até pior) que há em nós. sim, é verdade que eu sou capaz de já ter dito que não acredito em mudanças, mas realmente, todos os dias somos alguém ou um pedaço de alguém diferente, distinto, reinventado. nós controlamos as mudanças que fazemos e até o que pensamos e, maioritariamente, dizemos. essa reinvenção... tem consequências, tem sequelas, tem tudo. mas cabe-nos aproveitá-la sempre de uma forma ou de outra. eu sei que, todos os dias quando chego a casa, sinto-me diferente. sinto um estado espírito que nunca é igual ao de ontem. tudo isto está, também, dependente de variáveis externas que rapidamente podem desencadear uma série de situações de que temos ou não controlo. posso não me estar a fazer explicar, mas é muito simples. reinventamo-nos porque queremos sempre mais, melhor, diferente. porque não gostamos de nos acostumar e tornar animais da rotina. reinventamo-nos porque há sempre que mereça, que espere ou que inespere! as escolhas que fazemos são nossas. a capacidade é nossa. portanto, não a devemos desperdiçar que, potencial temos todos!
terça-feira, 9 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
invisibilidade
hoje numa aula de design de comunicação, foi falar Henrique Pinto, um representante da revista Cais. à parte com todas as filosofias e postura de professor (que eu gostei bastante), começou por falar da Declaração Fundamental dos Direitos - dez de dezembro de 1948 - e do primeiro artigo, que todos os seres humanos nascem com a mesma liberdade e igualdade. começamos por discutir esse assunto e a forma como das e nas diferentes culturas nascem e criam-se diferentíssimas pessoas. depois de algumas trocas e baldrocas, tempo dos gregos, homens e mulheres, Henrique falou de alguns pontos que todos partilhamos como condição da raça humana: fragilidade, em relação à morte, e projectividade (que não existe), ou seja, todos somos capazes de ser projecto, estar num projecto, vem da nossa capacidade de nos projectarmos em nós próprios e nos outros e naquilo que fazemos. isto tudo para depois nos falar da Cais e dos trabalhos que engloba. dos sem-abrigo e da forma como a sociedade os encara. até acho que conseguiu criar uma espécie de comparação quando falou dos cemitérios que se localizam, normalmente, na periferia das cidades para as pessoas não pensarem todos os dias nessa fatalidade e viverem um passo de cada vez. os sem abrigo também são uma entidade que existe mas que as pessoas não querem ver, para não se sentirem na obrigação, ou qualquer coisa do género. não sou a melhor pessoa para falar sobre este assunto com uma moralidade tal que vos ensine alguma coisa. eu própria sou do tipo de pessoa que costuma ignorar. também sou do tipo que dá, sem problema nenhum. porque se nós temos a mais, podemos e devemos sempre dar. o ponto de interesse para mim, para além do tema, foi a forma como Henrique falou. a paixão que se sentia nos gestos, nas expressões e até nas frases. um brilho de esperança de quem quer e não consegue salvar o mundo. porque certas atitudes têm de ser tomadas por vários sectores e não apenas um - o que torna a coisa um bocado impossível. pareceu-me simpático partilhar isto convosco. boa segunda (?).
domingo, 7 de março de 2010
é domingo. ponto.
hoje não me sinto muito inspirada para escrever, mas apetece-me ouvir o incessante toque dos meus dedos no teclado iluminado. é sempre bom dar algum prazer a nós próprios. hoje, para além de escrever, tive o prazer de dar um passeio com uma amiga e fazer pizza caseira. são coisas demasiado pequenas para serem lembradas mas eu relembro-as. bom resto de domingo e espero que a semana corra melhor para vocês do que a passada correu para mim.
E.
E.
quarta-feira, 3 de março de 2010
antítese do paraíso
já me apercebi que certas pessoas satisfazem certas necessidades. todos os dias convivemos com variadas personalidades e atitudes diferentes e, muitas das vezes, adaptamo-nos à circunstância conforme nos é mais conveniente. claro está que, eventualmente começamos a ganhar alguma confiança e deixa de ser necessário criar certas máscaras para encobrir o que realmente sentimos. algumas pessoas suscitam sentimentos de raiva, outras de carinho, ternura e outras de absoluta indiferença. é verdade. comprovada e afixada. pode notar-se isso quando conhecemos pessoas que passam a fazer parte do nosso quotidiano. primeiro começa a ser uma questão de nos enquadrarmos no grupo, depois é manter. quase como uma dieta, temos de fazer alguns esforços no início e mantê-los a longo prazo. também vamos descobrindo quem vale e não vale a pena e, portanto, podemos enjoar certos alimentos e passar a gostar mais de outros. suponho que com a idade deixemos de fazer esforços reais e passemos apenas a ser nós próprios ou uma cópia do que deveríamos ou queríamos ser. nesse sentido, conhecemos todos os dias um pedaço dos outros e, consequentemente, um pedaço de nós próprios.
fuccia
eu sei que pode ser de menina mimada o ter um carro novo. não em segunda mão, não do pai, da mãe ou do tio afastado. novo! mas sabe bem. e sei que daqui a uns anos ainda vou agradecer ao meu pai pela prendinha, modéstia à parte. nunca experimentei nenhum aparelho tão grande novinho em folha e a sensação de ter uma coisa minha e só minha, que dura, pelo menos 8 a 10 anos, é óptimo. a estima e o valor ultrapassam quaisquer preocupações - momentâneas. claro que, ataques de pânico também são frequentes: não feches a porta com tanta força, limpem os pés antes de entrar, ordinários que fazem rés-vés, levar 15 minutos a estacionar na garagem suicida do prédio para ter a certeza que não raspa. sabe bem. espero que possam ter também essa experiência e que a partilhem. e também me vão agradecer um dia.
:)
:)
segunda-feira, 1 de março de 2010
esta cidade que eu amo.
talvez por ter voltado me sinto mais aliviada de cargas que me foram sendo postas nas duas últimas semanas! sinto que aqui posso estar bem (física e mentalmente) e conseguir encontrar um certo equilíbrio nas coisas que faço e digo. é sempre uma boa surpresa quando gosto de estar aqui, apenas passado um dia. amén!
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