segunda-feira, 8 de março de 2010

invisibilidade

hoje numa aula de design de comunicação, foi falar Henrique Pinto, um representante da revista Cais. à parte com todas as filosofias e postura de professor (que eu gostei bastante), começou por falar da Declaração Fundamental dos Direitos - dez de dezembro de 1948 - e do primeiro artigo, que todos os seres humanos nascem com a mesma liberdade e igualdade. começamos por discutir esse assunto e a forma como das e nas diferentes culturas nascem e criam-se diferentíssimas pessoas. depois de algumas trocas e baldrocas, tempo dos gregos, homens e mulheres, Henrique falou de alguns pontos que todos partilhamos como condição da raça humana: fragilidade, em relação à morte, e projectividade (que não existe), ou seja, todos somos capazes de ser projecto, estar num projecto, vem da nossa capacidade de nos projectarmos em nós próprios e nos outros e naquilo que fazemos. isto tudo para depois nos falar da Cais e dos trabalhos que engloba. dos sem-abrigo e da forma como a sociedade os encara. até acho que conseguiu criar uma espécie de comparação quando falou dos cemitérios que se localizam, normalmente, na periferia das cidades para as pessoas não pensarem todos os dias nessa fatalidade e viverem um passo de cada vez. os sem abrigo também são uma entidade que existe mas que as pessoas não querem ver, para não se sentirem na obrigação, ou qualquer coisa do género. não sou a melhor pessoa para falar sobre este assunto com uma moralidade tal que vos ensine alguma coisa. eu própria sou do tipo de pessoa que costuma ignorar. também sou do tipo que dá, sem problema nenhum. porque se nós temos a mais, podemos e devemos sempre dar. o ponto de interesse para mim, para além do tema, foi a forma como Henrique falou. a paixão que se sentia nos gestos, nas expressões e até nas frases. um brilho de esperança de quem quer e não consegue salvar o mundo. porque certas atitudes têm de ser tomadas por vários sectores e não apenas um - o que torna a coisa um bocado impossível. pareceu-me simpático partilhar isto convosco. boa segunda (?).

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