segunda-feira, 28 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
home sounds good #1
passados três meses e alguns dias, já estou na minha casa. há quase uma semana que ando a tentar organizar a minha vida enfiada em malas, um caixote e uma caixa. com tudo no lugar, aspirado e arrumado não quero estar noutro sítio que não em casa. e estou pronta para receber. até que me apercebi que as pessoas que eu quero receber estão a milhares de kilómetros de distância. as pessoas que eu quero chamar quando estou sozinha ou quando quero companhia estão fora do meu alcance. e quem cá está, nem sempre está. para a semana já começo um novo trabalho, o que me vai tirar tempo de casa e de mim, mas que é para durar mais que o anterior é. algum dia tem de ser. só não me conformo com o emprego nine to six. parece-me tão corporativo, aborrecido, enfadonho. mas se por enquanto tem de ser. o meu pai sempre me disse que na vida nem sempre podemos fazer o que nos agrada. alguns fretes este país tem de comportar.
fica um sneek peek.
fica um sneek peek.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
play with me
"... estarmos tão indecisas e com ataques de pânico até nos faz pensar se é mesmo o que queremos... ou se não estamos a ser arrastadas."
aí é que está a questão. quando somos crianças e temos de tomar decisões, o pior que pode acontecer é levarmos uma palmada, um grito ou ficar de castigo. tomamos a liberdade de ser audaciosos ou corajosos, como se aquela decisão fosse afectar o resto da vida. até que chegamos a um ponto, como agora, que as decisões que tomamos podem afectar, para além de nós próprios, quem está mais chegado e pertence à decisão. quem é que nos diz que realmente são estas decisões que temos de tomar? não estão o pai e a mãezinha a dizer o lado bom e mau da coisa. não é tão trivial como comer doces faz cáries e comer fruta faz bem à saúde. nem todos sabem do que eu posso estar a falar, e estou a tentar manter-me afastada da realidade, há coisas que me assustam e quem me conhece sabe disso. conversas sérias sobre potenciais futuros, viver em casal, ter filhos (que irónico), assentar, mudar de país, arranjar trabalho. e suportar essas decisões implica estofo, confiança, rectidão, prontidão. que eu nem sempre estou pronta a dar. nuns momentos acho que sou a rapariga mais feliz do mundo e noutros acho que devia era ter ficado quietinha que isto só me dá dores de cabeça - agora literais porque me está a nascer o ciso.
como estou habituada a duvidar de mim, nestas questões a dúvida triplica. ganha uma vida própria. pernas para andar e braços para tocar. sejamos realistas, pensar demais também não é bom. e não é coisa que eu tenha muito tempo para fazer agora. mas no tempo que tenho e penso dá-me para achar que estou a cometer um erro ou que foi o melhor que podia ter feito.
ficamos onde?
aí é que está a questão. quando somos crianças e temos de tomar decisões, o pior que pode acontecer é levarmos uma palmada, um grito ou ficar de castigo. tomamos a liberdade de ser audaciosos ou corajosos, como se aquela decisão fosse afectar o resto da vida. até que chegamos a um ponto, como agora, que as decisões que tomamos podem afectar, para além de nós próprios, quem está mais chegado e pertence à decisão. quem é que nos diz que realmente são estas decisões que temos de tomar? não estão o pai e a mãezinha a dizer o lado bom e mau da coisa. não é tão trivial como comer doces faz cáries e comer fruta faz bem à saúde. nem todos sabem do que eu posso estar a falar, e estou a tentar manter-me afastada da realidade, há coisas que me assustam e quem me conhece sabe disso. conversas sérias sobre potenciais futuros, viver em casal, ter filhos (que irónico), assentar, mudar de país, arranjar trabalho. e suportar essas decisões implica estofo, confiança, rectidão, prontidão. que eu nem sempre estou pronta a dar. nuns momentos acho que sou a rapariga mais feliz do mundo e noutros acho que devia era ter ficado quietinha que isto só me dá dores de cabeça - agora literais porque me está a nascer o ciso.
como estou habituada a duvidar de mim, nestas questões a dúvida triplica. ganha uma vida própria. pernas para andar e braços para tocar. sejamos realistas, pensar demais também não é bom. e não é coisa que eu tenha muito tempo para fazer agora. mas no tempo que tenho e penso dá-me para achar que estou a cometer um erro ou que foi o melhor que podia ter feito.
ficamos onde?
terça-feira, 8 de maio de 2012
mf
há alguns anos tive um amigo que era tudo para mim. algo nele fazia gritar e pulsar em mim um lado que até então desconhecia. mas anos de convivência levaram a uma amizade incrível e cheia de verdadeiros altos e baixos. ultimamente dou por mim a pensar nele e na falta que me faz de vez em quando. principalmente se tenho alguma idiotice para dizer. esse amigo desapareceu com os anos de faculdade e os quilómetros que separam uma cidade do centro e outra do sul.
só para saberes que hoje, não me saíste da cabeça.
só para saberes que hoje, não me saíste da cabeça.
terça-feira, 24 de abril de 2012
pescas?
já somos todos crescidinhos para aprender e saber dizer a verdade. não vale a pena andar com rodeios sem ao fim e ao cabo somos cínicos e andamos a enganar as pessoas de quem mais e menos gostamos. há quem nunca tenha sido dado a mentir e há quem minta porque acha que está a proteger (e muitos outros tipos que não vou agora enumerar). mas a partir de uma certa idade, torna-se ridículo a mentira com um certo grau de impacto na vida de quem estamos a mentir. ou até mesmo o dizer uma coisa a uma pessoa e outra coisa diferente a outra pessoa. com a idade aprendemos, ou deveríamos aprender, a deixar de fazer joguinhos com os outros. há quem aprenda e quem não consiga ultrapassar a fase do secundário.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
portugal agora parecia-me bem.
"há algo em nós que grita sempre por mais. por algo mais que aquilo por que passamos. por algo que se esconde nas profundezas daquilo que mais desejamos. não chega saber, mas querer. querer tanto que se insiste. insiste e não se desiste. porque há mais que aquilo que somos capazes de conseguir. nunca saber parar. ou então saber parar quando aquilo que desejamos já é memória. memória do que foi melhor e pior. tão pior que ainda lembra a dor. dor do que ficou e jamais é apagado."
retirei de algures. fez-me lembrar aquilo que senti hoje, entre sair do metro e vir para casa. senti uma saudade imensa de quem não sente saudade de mim. de coisas que se passaram e que não voltam. senti medo de me esquecerem. medo de não saberem mais quem sou. medo de perder quem gosto. quem amo. tenho tantas saudades. não de uma pessoas em particular mas de várias que me fazem falta. e penso sempre será que também faço? que também pensam? que também sentem? provavelmente não. estou melancólica. portugal agora parecia-me bem.
retirei de algures. fez-me lembrar aquilo que senti hoje, entre sair do metro e vir para casa. senti uma saudade imensa de quem não sente saudade de mim. de coisas que se passaram e que não voltam. senti medo de me esquecerem. medo de não saberem mais quem sou. medo de perder quem gosto. quem amo. tenho tantas saudades. não de uma pessoas em particular mas de várias que me fazem falta. e penso sempre será que também faço? que também pensam? que também sentem? provavelmente não. estou melancólica. portugal agora parecia-me bem.
domingo, 15 de abril de 2012
life in the middle east #5
daqui a uns dias já fazem duas semanas que comecei a trabalhar. pode-se dizer que já adorei, já detestei, já fiz merda e já recuperei. é grave em fase de experimentação cometer algum erro. mas todos começamos por algum lado e levante-se o primeiro que nos primeiros meses de trabalho não fez alguma coisa menos bem. como quase tudo na minha vida, ou oito ou oitenta, passei de não fazer nada a trabalhar até às dez e meia da noite. andei a semana completamente estafada, noites brancas e preocupadas de sono leve e sem fazer um pingo de desporto para aliviar a tensão. sinto que a minha vida aqui ainda está num impasse e que as coisas levam tempo a assentar. o que é normal. não podemos esperar que tudo se resolva nas primeiras duas semanas. mas eu sempre fui bastante ansiosa e portanto quero que tudo aconteça rapidamente. sinto-me desequilibrada se não está tudo correcto. é o não saber como vou e venho do trabalho, quando vamos ou não para a casa que já escolhemos, que mobília comprar, o que é prioritário, quando é que vou entrar nos eixos, encontrar uma rotina, arranjar forças para sair. tudo aquilo com que nos debatemos ao criar mais responsabilidades. we are not little kids anymore. or are we?
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