sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

obrigadinha, sim?

ain't karma a bitch?

estou sempre preocupada com aquilo que o universo tem reservado para mim. faço boas acções para receber boas contribuições. ontem ao final da tarde, no 736 a caminho de casa, levantei-me para dar lugar a uma senhora e, também, para segundos depois roubarem-me o telemóvel. pela primeira vez em lisboa fui assaltada por um carteirista. foram poucos os segundos que conduziram ao pensamento "roubaram-me o telemóvel", seguido de um tremer incontrolável e de um choro soluçado. quando cheguei a casa e através da aplicação find my iPhone conseguimos localizar o bacano que o roubou. estava a descer a avenida da liberdade, saiu nos restauradores e parou algures perto do coliseu. até ter desligado o telemóvel e ter ficado na praça das ginjinhas. ainda mandaram um carro de patrulha da polícia mas não serviu de grande coisa. os agentes foram muito simpáticos e pacientes. asseguraram-me que há possibilidade de apanhar quem fez a trafulhice por causa da vídeo-vigilância do autocarro. não consigo parar de rever na minha cabeça a parvoíce que foi e desproporcionar um bocado o acidente. detesto sentir-me invadida. não gosto que toquem nas minhas coisas (e provavelmente ninguém gosta). muito menos levarem-me o telemóvel. é das sensações mais impotentes que existem e não há nada que se possa fazer. pior era se não houvesse saúde. temos sempre de perspectivar o problema. nunca mais dou lugar a ninguém!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

one life back, please

por volta desta altura começamos a ver e ler as resoluções de ano novo. nunca fui grande adepta e as resoluções não passam da minha cabeça. não as escrevo, não as partilho. mas este ano, sinto que pela primeira vez preciso de as ter. não só na minha cabeça. preciso de pensar seriamente nelas e apontá-las, mas sobretudo, concretizá-las. atingi um impasse na minha vida que me faz acreditar que preciso de objectivos e de uma lista para fazer check. adoro fazer listas, faço listas para tudo na minha agenda. preciso de uma lista para a minha vida. estou a sentir-me perdida e preciso de alguma coisa que me dê motivação. preciso de fazer qualquer coisa por mim e para mim. quase como presente. o ano passado ofereci-me uma viagem de volta para o dubai, este ano, para 2014 quero a minha vida de volta!

domingo, 8 de dezembro de 2013

surprise in a box

ontem foram os anos do manelito! adoro quando pessoas próximas de mim fazem anos. é sempre uma boa oportunidade de preparar surpresas, dar mimos. e este ano não fiz por menos. arranjei-me enquanto a criança trabalhava para não ocupar tempo mais tarde, fui ao supermercado comprar o gelado preferido, pedi à mãezinha do menino para fazer um salame e aos meus pais para trazerem (já que vinham para lisboa), com a sobremesa dei a prenda de anos e depois de um lanche no careca viemos para casa para a cereja no topo do sundae: chamei o pessoal que ia ao jantar para cantar os parabéns e beber uns copos. quem conseguiu veio e foi um máximo. ele ficou completamente surpreendido e acabámos por nos divertir. ao jantar comemos hamburgueres gourmet, seguido de poncha e uma entrada falhada no lux. a noite foi gira, de bebedeira, discussões, choros, risos, abraços, beijinhos, colos, ciúmes e filmes. nada faltou para animar e entristecer a malta. overall, acho que até correu bem e para o ano há mais. agora aguardo por um jantar de natal com amigos, a chegada da ana e o natal em lagos. da passagem de ano há planos mas logo se fala nisso! adoro esta altura e adoro ainda mais estar em portugal!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

o meu irmão sabia que não ia durar

há uma semana e um dia estava eu reticente e a sentir-me num impasse por ter aceite um estágio não remunerado. ora pois bem. cinco dias de semana, oito horas e meia por dia, sentada a um computador, rodeada de criativos, accounts, arquitectos e afins. chegava sempre mais cedo e saí sempre a horas. retoquei layouts já terminados, corrigi alguns erros ortográficos, substituí textos de inglês para português e criei e desenvolvi um projecto de raiz. sexta-feira fui dizer que era o meu último dia. ora, uma semana dizem que é pouco (também vivi no dubai um ano e meio e disseram-me que foi muito pouco). quem é que determina quanto tempo é que temos de aguentar com fretes e ainda nos dizem que é pouco? fui dizer que era o meu último dia e foi. hoje já retomei a rotina de outras semanas. não quero estar num trabalho onde não me pagam pelo meu tempo e dedicação. não quero estar a fazer trabalho de estagiária que já fiz. não quero estar a corrigir pequenos erros durante três dias. não quero fingir que tenho de recomeçar só porque estou em portugal. quero retomar o que deixei. a minha carreira só pode progredir e aquela posição fez-me sentir o contrário. chegava a casa sem vontade de fazer nada e, correndo o risco de parecer exagerada, senti que o meu espírito era comido dia após dia. e o daquelas pessoas é, na realidade. é isso que acontece. utilizam as horas de almoço para falar e falar mal do que fazem. que trabalham longas horas, que lhes roubam os fins-de-semana, que se ressentem e ao sítio onde estão. então a minha pergunta é: porquê ficar? pode, neste momento não existir outra opção e isso é completamente compreensível e fora de mim dizer que não se podem (ou devem) queixar. mas há sempre alguma coisa que podemos fazer em qualquer situação e aquela não é excepção. portanto, para não ser paga e trabalhar o dia todo, mais vale não ser paga e investir em mim e em alguma coisa que realmente me faça feliz.

domingo, 24 de novembro de 2013

havas

não tenho a certeza se amanhã começa uma nova fase. na quinta-feira passada fui a uma entrevista na havas (antiga euro rscg) uma agência mundial conhecida pelas marcas com que trabalha. a entrevista pareceu-me correr bem, mas cedo na semana tinham-me ligado a avisar que seria levada a entrevista e, eventualmente contratada, para um estágio de três meses não remunerado. ora, eu sempre disse que sou contra esse tipo de comportamento empresarial. todo e qualquer trabalho deve ser compensado e este dá-me a sensação que não é. fazem as pessoas trabalhar, sempre, até mais tarde, sem qualquer tipo de ajudas de custo, garantindo que se nos esforçarmos ficamos com um lugar júnior na empresa só para continuar com as horas de cão e um salário miserável. ah! e não há garantia que entretanto não nos despeçam, como aconteceu a uma amiga que durou duas semanas. sexta-feira de manhã ligam-me a dizer que fiquei com uma das vagas e que começava segunda às 9h30. no momento aceitei. relutante. e para ser sincera continuo agora. tenho vontade de lá chegar amanhã, dizer que agradeço a oportunidade mas que não colaboro com este tipo de atitudes e não trabalho de graça. porque a verdade é que não sei se me quero esforçar e dar o meu melhor a quem está a lucrar com o trabalho não pago de outra pessoa. dizem que é um bom nome para ter no currículo, havas. que ganho experiência e tendo em conta que não estou a trabalhar, pelo menos estou ocupada. mas não sei se quero estar ocupada com isso. ir contra aquilo que sempre disse e regredir na minha "carreira". não estou entusiasmada. não anseio pelo primeiro dia de trabalho e acima de tudo, estou chateada comigo. mas até amanhã ainda alguma coisa pode mudar.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

experiência pessoal vs. regularidade de encontros

é difícil compreender a linha que definimos em relação ao que decidimos contar ou não a outras pessoas. assuntos pessoais, assuntos laborais, assuntos mundanos, assuntos dos outros. qual é a linha (sem ser a da zon) que nos pode ajudar a ter filtros? pessoalmente tento defini-la por indivíduos. há vários tipos de pessoas na minha vida e cada uma está classificada por interacção. regularidade de encontro vs. experiência pessoal. e sinto que deve existir um equilíbrio que deita abaixo os nossos filtros e outro que os mantém. lá por me dar há muito tempo com alguém não quer dizer que seja um encounter regular, ao passo que uma pessoa que não conheço há mais de cinco anos não seja a escolha certa para partilhar os assuntos. isto porque há dois dias que discuto esses limites com o manel como forma de arranjarmos, os dois, um equilíbrio que nos ajude a perceber o que contar ou não, por exemplo aos nossos pais. chegamos a um acordo e, pelo menos na próxima semana, há previsões de paz no lar.

 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

what the blip

a mudança veio quase três meses depois e quero ter este espaço como o espaço de experimentação para o meu curso que ainda vai só na fase feto. tenho tentado empurrar com alguns vídeos on the side mas a coisa está a ir mais lentamente do que eu queria. estou desempregada, com pouco para fazer e mesmo assim 24 horas não são suficientes. consigo, sempre, manter-me ocupada seja com o que for. isso traz-me um bocado de infelicidade porque imagino quando tiver (se tiver) trabalho. notem que já não chamo emprego, porque em portugal não se sabe o que isso é, é trabalho. só peço trabalho. ainda não passou tempo suficiente mas já esgotei os limites da minha busca. já passei dias maus a pensar que não estou a conduzir a minha vida para lado nenhum e outros melhores em que posso agradecer o tempo que me está a ser dado para aproveitar e organizar a minha vida. estou a um dedo de começar a concorrer para trabalhos fora da minha área que inclui uma vasta panóplia de áreas como o lazer, alimentação ou carpintaria. entretanto estou à procura de um estilo que possa identificar o meu estilo (?) passo à contradição. fresquinha nos 25, imaginava um roteiro diferente daquele que estou a seguir. talvez com menos tempo e mais trabalho. tenho parado para pensar nas minhas prioridades e o que significa ter prioridades. fazer uma coisa primeiro em vez de outra? porquê? dar mais importância a um amigo que outro? a culpa vai pesando um bocado e quero libertar-me dela o mais depressa possível. talvez não saiba como e tenha perdido esse jeito de agir. depois do tempo que estive fora - e da vontade que tenho de voltar a sair - acabo por criar certos hábitos, talvez de protecção, que me parecem tão distantes dos que tinha antes de me ir embora. o facto de não saber estar e ficar com certas pessoas atormenta-me a cabeça e perturba-me os sonhos. ultimamente tenho tido sonhos bastante realistas, tipo aqueles quadros onde vemos uma taça cheia de fruta. situações e pessoas reais em momentos que poderiam, facilmente, ser reais. é engraçado. não acrescentam nem retiram nada. assombram-me o sono, que precisa ser posto em dia, e não me deixam descansar completamente. o de hoje levou a uma mensagem que foi lida mas ficou por ser respondida e fico sem saber porquê. tento não dar assim tanta importância que, como já foi referido n vezes neste espaço, nós meninas temos tendência a projectar. de qualquer forma, não desanimem que isto daqui, só pode melhorar.