quarta-feira, 3 de outubro de 2012

life in the middle east #17

faltam-me as palavras exactas para descrever o dia de hoje. horrível? terrível? impossível? perto de um filme de terror?

certo, não foi assim tão mau, mas foi mau. começou bem cedo, perto das 8:30 da manhã com um despertar um bocado custoso. passei a noite a sonhar com sabe-se lá o quê e dormi mal. levantei-me já atrasada para uma reunião às 10. mas uma coisa que secalhar não sabem é que a reunião era a 40 minutos da minha casa. ainda dentro do dubai. mas longe para caralho. chegando lá ainda tivemos de procurar o edifício de entre os 30 iguais. consegui não chegar atrasada. acabada, fomos ao banco tratar de assuntos do manel. banco este no lado exactamente oposto de onde estávamos. mais uns 40 minutos de caminho. e tendo em conta que é na parte antiga do dubai, mais semáforos que as mães. isto tudo entre telefonemas e chamadas não atendidas. depois do banco tive de ir a uma gráfica imprimir os meus cartões de visita e do manel e à espera que um cliente se decidisse a atender-me o telefone para dar o sim na impressão da capa. foi meia hora na gráfica. consegui vir a casa almoçar e não conseguia parar de comer, tal era a larica. respondi a emails, fiz e recebi mais telefonemas e sai de casa para outra reunião. mais meia hora de caminho para cinco minutos de conversa. de lá, fui para casa de um cliente com quem estou a trabalhar, uma família cinco estrelas, onde fiquei mais 3 horas. depois disto tudo ainda me meti no trânsito para ir buscar o manel, um túnel interminável cheio de árabes e indianos impassíveis e vim para casa.

pensava eu que já tinha acabado.

ia lavar a frigideira para fazer o jantar mais tarde. a frigideira tinha água dentro para retirar os restos do que lá foi feito ontem. entornei tudo no chão. não vos vou dizer o que disse nem como disse, mas alguma coisa abanou naquela cozinha do inferno. para me acalmar, pus-me a fazer limpezas e relaxei. vou agora jantar, às onze da noite, ver uma série e ler, que olhar para a minha maçã já não dá mais hoje.

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