quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

porque catarse não chega

sendo designer de comunicação (e calculo como qualquer outro designer) apetece-me sempre mudar o mundo. mudar para melhor, claro. mudar no sentido de ajudar quem precisa a ter melhor aspecto. não num sentido pessoal, mas num sentido profissional. da mesma forma que um arquitecto olha para um edifício que abomina, também nós, designers, olhamos para coisas que nos tiram do sério e nos fazem perguntar: como é que é possível alguém ter feito isto?

atenção, eu também sou assim em relação ao meu trabalho. o bom da coisa* é que vamos evoluíndo e progredindo no tempo e espaço. começamos a tornar-nos um tanto especialistas, recomendados, requeridos e etc. tenho uma boa sensação de que finalmente acertei na moeda e gosto do que farei no meu futuro. mexer no illustrator, no indesign, organizar coisas no espaço.

quando, há dois anos estagiei na experimenta, ainda sem ter a licenciatura no bolso, lembro-me de ter um caderninho moleskin rosa, onde apontava toda a informação que achava ser relevante. e, numa das muitas reuniões que tivémos, um dos designers que lá trabalha (não sei se continua), o Marco, disse-me oh Eduarda, miúda, tu vai-me paginar revistas, livros ou seja lá o que for. Tens um jeitaço! Olhem-me para este caderno! E nunca mais me esqueci disso. mal sabia ele, que daí a uns meses concorria eu para o mestrado em design de comunicação e das coisas que mais me apraza fazer é paginar livros e catálogos ou seja lá o que for. a composição no espaço das letras, títulos, textos e imagens agrada-me de uma maneira catártica, inexplicável.

enfim. tudo para vos dizer que, como designer de comunicação, hoje e às vezes, apetece-me salvar o mundo do mau design, das más conjugações e dos péssimos resultados.

uma boa quarta-feira que eu, vou-me dedicar ao meu design!


*sendo coisa o design em si

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