não me tem apetecido muito escrever sobre a minha vida pessoal. aborrece-me ao ponto de me sentir egocêntrica por falar só de mim, mim, mim. muitas vezes é disso que gostamos, saber da vida das outras pessoas sem ter de perguntar. aqui ela é dada. eu assumo que alguns leitores me conhecem e outros não, mas escrevo com algum cuidado. ultimamente tenho tido bastante tempo para pensar no que é ser designer gráfica. precisamos de quase inspirar aquilo que fazemos e isso molda-nos a visão. não consigo sair à rua sem ser analítica em relação ao que vejo e isso é bastante comum na profissão. estou a seguir um projecto (http://fortydaysofdating.com/) da muito recente heroína jessica walsh. fiquei atarantada quando descobri que ela trabalha com o stefan sagmeister. concorri de imediato ao estúdio em nova iorque, gostaram do meu portfolio mas não estão a contratar. mas comecei a seguir a jessica nas redes sociais, li artigos, procurei os trabalhos que ela fez, faz e tem planos de fazer. é uma rapariga nova com ambições e sinto que posso ser exactamente como ela, mas sorrir mais um bocado.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
sista from another mother
pela primeira vez desde que me fui embora para o dubai, estou sozinha em casa em lisboa. acho que há bastante tempo que não estava aqui sem ninguém, muito menos sem a ana. ontem à noite custou-me imenso e bateu um ataque de saudades de quando vivíamos juntas. foram dos melhores dois anos da minha vida e praticamente não tivemos dias em que não nos divertíssemos, mesmo que por pouco tempo. passou a correr e as memórias que me assombram agora respiram nestas paredes. custa-me pensar numa realidade que já foi há quase dois anos. e agora estou aqui. a limpar a casa sozinha e a olhar para as prateleiras e armários semi vazios a gritarem "onde é que está a ana?". o bom da coisa é que estamos as duas felizes, bem e com sentimento mútuo em relação ao tempo que vivíamos juntas. disse-lhe ontem e digo agora, são alturas que ninguém nos tira e termos partilhado esta casa foi das melhoras coisas que me podia ter acontecido. definitely.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
mais para lá.
quando conhecemos uma pessoa não conseguimos medir a quantidade de experiências que ela já teve. se é feliz, se está deprimida, se quer companhia, se quer estar sozinha, se já foi uma doida, se é recatada. e depois quando nos contam qualquer tipo de experiência não conseguimos medir o quão significativa foi. eu penso em várias pessoas que estão à minha volta - mãe, pai, namorado, irmão, primo, prima. a quantidade de coisas que já experimentaram é completamente impossível de se imaginar. no entanto, quando nos contam, estamos um passo mais perto de perceber o que é que tornou seja quem for naquilo que é no momento em que está a falar connosco. penso no meu namorado. uma pessoa que se tornou independente bastante cedo na vida por jogar ténis e ter sido aquilo a que se dedicou. não posso falar por ele até à, quase, três anos atrás quando começámos a namorar. sei aquilo que ele me conta - que algumas coisas me metem confusão - mas entendo aquilo por que ele passou e a aquilo em que se tornou. não quer dizer que concorde com tudo ou ache que tenha sido a melhor decisão. mas seja o que for, os caminhos que ele escolheu conduziram-no a mim em 2010. um grande e fortuito acaso que nos permitiu estar, até hoje juntos. e apesar de eu nem sempre achar que as coisas vão resultar, há dias que só posso acreditar. hoje por sinal não é desses dias e nem pouco mais ou menos. estou com a paciência em sopa e não consigo fazer nada do que penso. não sei se é cansaço, saturação ou incerteza, mas estou a passar alguma fase estúpida. mas não me quero desviar do assunto. hoje pensei nisto por conversas que tive com a minha mãe sobre ex-namorados e ex-curtes. ela falou-me das dela e eu das minhas. e o que quer que seja que tenha acontecido na vida da minha mãe, levou-a a estar com o meu pai e a tudo o que se passou hoje. a cadeia de eventos numa vida que levam e sucedem outros é incrível. isto tudo para dizer que não devemos ser rápidos demais a julgar alguém porque uma série de acontecimentos levou a que essa pessoa se tornasse naquilo que vemos. não bons nem necessariamente maus, mas coisas.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
a pedido da gerência
quando somos novos criamos ideias, concepções, amizades, amores e achamos que eles vão ser para toda a vida. mas duram só um bocadinho. o que antes de aplicava não aplica agora e vice-versa. aquela pessoa que odiávamos passamos a compreender e aquela que adorávamos não é assim tão fixe como pensávamos. vejo isso nas minhas relações e nas dos meus mais próximos. vamos crescendo e aprendendo com as nossas fases mas se há coisa que não podemos esquecer é que, o passado já não interessa. foi bom, foi mau, foi complicado, feliz, simples, desejado, mas está ali para trás. tipo aquele ponto cego no carro onde não conseguimos ver nada. não se passa nada. o futuro coitadinho, preocupa tanta gente - inclusive eu - mas não podemos estar pendentes de uma coisa que não sabemos. temos o agora. que também é meio indefinido, mas temos. no dubai parei de me queixar, de olhar para trás, de pensar no amanhça. tanta gente a queixar-se à minha volta por coisas que não interessam, por insignificâncias que comecei a pensar porque é que eu me hei-de queixar? para quê? só nós é que podemos fazer alguma coisa por nós. façam-me o favor e pensem duas vezes antes de se queixarem porque problemas temos todos, a forma como os encaramos e lidamos é que vai determinar se os ultrapassamos ou não. a gerência agradece.
sábado, 15 de junho de 2013
ser casa
pois é. parece que já estou em portugal há uma semana e dois dias. há um misto de sensações que me invade todos os dias sobre estar cá ou lá. até agora tem-me parecido sempre bem. apesar de ainda me estar a habituar às novas rotinas, a uma outra vida, a retornar a casa dos pais e, de certa forma, a retomar amizades. porque por muito que queiramos, as coisas mudam e principalmente a forma como lidamos com as pessoas e como elas lidam connosco. sinto uma certa distância das pessoas com quem me costumava dar. só há uma ou outra que não noto diferença. de qualquer forma não podia estar mais feliz de estar em casa. tenho tido tempo para descansar, trabalhar, aproveitar. já fiz uma arrumação de cima abaixo ao meu quarto, depois de ler e ver sites de decoração tinha uma ideia bastante fixa do que queria e é trabalho em progresso mas o pior já passou. deitar fora e dar coisas. ontem tive o meu primeiro banho no atlântico em 2013 e hoje passei a tarde na praia com a minha mãe. não sei se deva investir em certas relações. ainda não percebi se valem a pena "reatar" ou não. como escrevi, é difícil voltar a velhos hábitos e apesar de nem sempre considerarmos isso, também as outras pessoas mudam. quero levar as coisas com calma. até porque não me tenho sentido com pedalada para muito. chego a uma certa hora e fico cheia de sono. casa é sempre casa e eu amo a minha.
sábado, 1 de junho de 2013
uma semana de despedida
começou nesta quinta e acaba na próxima quarta. que nem um casamento cigano, quero que a minha última semana do dubai seja cheia de programas para ver se sinto alguma saudade. quinta fomos jantar os dois e sair com mais dois amigos. beber uma cerveja no irish village e curtir um som agressivo no rockbottom. ontem foi o jantar de despedida com o grupo de amigos mais próximos que cá tivemos. algumas pessoas "acompanhantes" mas foi bastante agradável. comi uma picanha deliciosa com uma salada, umas batatinhas e dois copos de vinho branco do douro a acompanhar. já era tarde quando saímos e fomos para o cavali porque nos disseram que o lucenzo ia actuar. pois chegamos na hora certa mas o pobre coitado cantou só três músicas e repetiu a do kuduro. acompanhado de um shot (nhaca) de tequilla ficámos até o estaminé fechar, eram 3. estava um calor insuportável e suámos que nos fartámos. hoje há mais que nesta próxima semana já não se trabalha. vai ser dedicada a tratar de tudo o que precisamos antes de ir embora. mal posso esperar por chegar a casa e tive agora a notícia de que vou ter uma boa, boa, boa surpresa no aeroporto! nossa, que entusiasmo!
quinta-feira, 30 de maio de 2013
arrivals
estou num misto de entusiasmo, com medo e muita ansiedade à mistura. entusiasmo porque vou para e a casa. medo porque tenho a mesma sensação de quando cheguei ao dubai. ansiedade porque ainda há muito para resolver e muito que acontecer. só quero fazer fast forward na próxima semana e aterrar em portugal com a sensação que cheguei. mas cheguei para ficar. nem que seja algum tempo. e o melhor de tudo vai ser ter os meus pais em lisboa para me receberem. acho que isso nunca aconteceu. tenho sempre duas ou três amigas à minha espera, mas nunca família. chegadas são as melhores coisas. ter pessoas à nossa espera e saber que a felicidade delas é tão grande quanto a nossa é um dos sentimentos mais gostosos de todos.
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