sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

one of these days

há dias, como o de hoje, que eu me pergunto para o que é que contribuíram. tirando o ginásio e ter ido buscar uma carta ao correio para o meu irmão, nada de novo, estimulante, engraçado, querido, afável (...) aconteceu. é verdade que vou ao sushi com amigas e ao bairro e estou ansiosa porque já não como sushi há dois meses e nada se vai comparar ao pedacinho de arroz massapão enrolado por uma alga a ser mastigado pelos meus molares e engolido pela minha guela, mas, tirando isso, não há real contributo deste dia - como tantos outros - para aquilo que eu sou ou quero ser. muito se fala do carpe diem e balelas do género, mas gostava que todos os dias fossem repletos de tudo e mais alguma coisa para saber que valem a pena ser vividos. sem querer ser paneleira e já sendo, quero sentir que os dias por que temos obrigatoriamente de passar vão representar uma vida preenchida e repleta de tudo a que tem direito. hoje estou céptica em relação à forma como lido com a minha visão da vida. tenho pensado seriamente naquilo que vale a pena e no que simplesmente é tomado como garantido, como eu própria já fui tomada. não é uma boa sensação e aposto que a vida também não gosta disso. quando há aqueles momentos reveladores que dão uma reviravolta à percepção que as pessoas têm da vida parece que nada as pára. é exactamente como as resoluções de ano novo: muito entusiasmantes de se planearem e muito relutantes em serem cumpridas. entretanto, há sempre sushi!

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