domingo, 4 de maio de 2014

a merda e as implicações.

como acontece a uma maioria das pessoas, é preciso bater no fundo vezes sem conta para nos apercebermos que alguma coisa tem de mudar. não é o nosso namorado, a nossa mãe, os nossos amigos. somos nós. eu tenho de fazer alguma coisa por mim. não pelos outros. encarar a realidade, saber e perceber aquilo que está mal e tem de mudar. afinal mudamos todos. a condição humana e do próprio universo são as mudanças. a própria genética sofre mutações (para melhor ou pior) mas sofre. não somos excepção e para isso é preciso dedicação e esforço e muita paciência. estes últimos meses sinto que não tive bem consciência da minha condição, do meu estado. limitei-me um bocado a existir apesar de ter casado, ter começado uma fase diferente e ir enfrentar uma mão cheia de desafios nos próximos 6 a 12 meses. mais uma vez vou ter de lidar com despedidas, últimos momentos, abraços e até "jás" que parecem não ter fim. para acrescentar a isso, o pânico do avião não ajuda e intensifica as emoções. uma merda. mas também, se eu não fizer ninguém vai fazer e fico sempre com histórias para contar. tenho uma grande amiga que sempre me disse que um dia eu ia viver para nova iorque e agora que isso se tornou realidade lembro-me da criança que ouviu isso, concordou e ingenuamente rotulou isso do seu sonho. mas vai mesmo acontecer num futuro nunca palpável. pelo menos o bilhete de avião dá alguma legitimidade ao assunto. isso e o visto no passaporte. visto de mulher casada que vai com o marido para a américa. dá vontade de mandar outra merda. e até lá só tenho de me organizar, física e psicologicamente. merda.

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