terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

if saint valentines arrow would pierce your heart, you would die

miguel vale de almeida na revista do público deste domingo escreve - com outros - sobre o amor. é antropólogo e tem 52 anos. basicamente fala-nos da forma como o amor contemporâneo modificou a sua estrutura e tem outras intenções. noutros tempo falava-se num amor idílico. as pessoas casavam-se por interesse, por estabilidade, por impostos, para constituir família. hoje em dia juntam-se porque surge uma atracção, uma paixão, um amor. independentemente de terem filhos, do património, do reconhecimento social, da passagem e aquisição do nome, as relações começam e acabam demasiado facilmente. há uma volatilidade naquilo que sentimos e por quem sentimos. há quem diga que a tentação é muita e a facilidade também. mulheres e homens mostram-se mais abertos a novas e diferentes relações e interagem com o amor de forma diferente. claro, há sempre quem ainda tenha relações típicas mas é mais comum vermos as atípicas. pessoas que já não se casam e se juntam em união de facto. que vivem numa relação, cada uma na sua casa, que partilham parceiros, que querem explorar. pessoalmente sou uma pessoa típica no sentido em que, se estou numa relação não estou com mais ninguém. sou atípica porque não aspiro a casar. se acontecer acontece. acho importante as pessoas trabalharem nas suas relações, fugirem à volatilidade. como digo sempre, não sou nenhuma expert, mas tenho uma visão muito clarificada do que é o amor. para além de ser uma forma de confiar e deixar ser confiado, é um reflexo nosso noutra pessoa. se estou com uma pessoa, não preciso de mais ninguém nesse sentido. preciso de amor da família, de amor de amigos. mas aquele amor, de uma só pessoa, o querer cuidar, estar, olhar, escutar, sentir, esse amor traz-me algo que mais nenhum traz. gosto de me sentir única para aquela pessoa e vice-versa. quando esse sentimento desvanece, alguma coisa não está bem.

isto tudo a propósito do dia dos namorados que se aproxima a passos largos e eu não sou grande adepta.

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