passaram quatro dias desde a festa. quatro dias de ressaca e doente. não tive a melhor das entradas mas tive a melhor das celebrações. excluindo um ou outro pormenor, estava tudo para lá de perfeito. o dia esteve com sol, sem nuvens, calor, sem vento. as pessoas estavam bem dispostas, divertidas, entretidas. a comida estava óptima e saborosa. casar, afinal, não custa nada. e o que ajuda é a presença dos amigos e familiares. sentir aquela excitação e felicidade numa espécie de bolha actimel que ainda não rebentou. até parece que é normal as pessoas casarem. sejam quais forem os motivos, foi um dia que, infelizmente, passou rápido demais e deixa na memória o calor dos abraços, dos sorrisos e dos beijinhos. melhor era completamente impossível.
quarta-feira, 19 de março de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
trabalha 'lhoca
já reparei que quando tenho uma coisa na cabeça não consigo deixar de pensar nela. tanto que chego a sonhar, ao que dá a sensação de a noite inteira, com ela. no outro dia era que faltavam cadeiras, há umas semanas era que não tinha trabalho. tudo assuntos da ordem do dia. tenho mil coisas para fazer e a minha cabeça não pára por nada, o que não me deixa descansar ou pensar direito. quero tirar "um dia de folga" para restabelecer energias e tentar descansar uma hora que seja. ver um filme, não pensar em nada. gostava de ser com o manel que tem um botão on e off. preciso de me concentrar em trabalho e esta semana trouxe boa fortuna com duas entrevistas. uma hoje e outra na segunda. sinto que estou inactiva, apesar de estar com projectos freelance e uma ou outra coisa, mas não tenho ambiente ou ética de trabalho. já não me lembro o que é trabalhar em equipa ou ter alguém que me diga que aquilo se faz ou não. estou pronta para levantar o rabo do sofá e fazer alguma coisa da vida. e mesmo tendo a questão de ir para o estados unidos a pairar sobre a cabeça, é sempre experiência que ganho e trabalho que faço. olho para a vida a acontecer-me ao lado e amigos a evoluírem nas suas profissões enquanto eu estou um bocado presa - agora no casamento, mais tarde na entrevista na embaixada, depois na ida. não pode ser. as pessoas não podem ter de abdicar de um ou outro para terem uma vida plena. devemos poder optar por estar com uma pessoa e mesmo assim ter perspectivas de evolução na carreira. sinto que as duas estão invariavelmente ligadas e não são proporcionais. quando temos uma não podemos ter outra. ou tenho carreira de sucesso ou tenho o manel. agora escolhe sua badalhoca. quero lutar contra isso e não me redimir. estas condições têm de co-existir e a minha tarefa deveria estar em equilibrá-las. estamos quase quase.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
drinking from the bottle
quem me conhece sabe que não sou necessariamente pessoa dada a certas tradições; sou muito no que respeita ao natal e pouco no que respeita a páscoa. mas uma tradição que, nem eu e nem o manel quisemos dispensar, foram as nossas despedidas de solteiros. cada grupo de amigos organizou um fim de semana de treats e goodies para nos proporcionar uma despedida da vida de solteiros digna. não posso falar da deles mas posso falar a alto e bom som da minha. fomos para o porto (admito, um bocado reticente da minha parte) seis meninas, sábado às 9 da manhã. quatro no carro e duas de comboio chegamos praticamente à mesma hora. deixamos as coisas em casa e fomos directas ao mcdonald's da avenida dos aliados, famintas de comida-lixo. um mcchicken mais tarde fomos passear para a zona ribeirinha do porto e de gaia. interpelamos e fomos interpeladas por pessoas na rua. não é fácil ignorar tanta menina junta. fotos, brincadeiras e expectativas depois, voltamos a casa para descansar, fiz uma sesta e acordei para nos despacharmos. a sair de casa começaram as prendas e a primeira foi um véu enfeitado de pilinhas e corações com glitter. fomos jantar ao pimms, uma iguaria do porto sem igual precedente. bom, bom, bom. o senhor do restaurante ficou excitadíssimo por termos escolhido aquele como o ponto de partida da despedida de solteira e começamos bem com um espumante on the house. os jogos começaram. o primeiro foi em parceria com o manel. na semana antes interrogaram-no com 21 perguntas e eu tive de responder a todas correctamente. nas que errasse, bebia. simples quanto isso. estava em formato vídeo e para eterno espanto meu, comecei a chorar com a resposta da criança à primeira pergunta: qual é o maior medo do manel? que a eduarda me deixe. e não é que acertei? não foram todas feitas de seguida mas ao longo do jantar. a comida estava deliciosa, o vinho óptimo e a conversa agradável. a partir do momento em que a mariana bebeu vinho tinto a festa começou oficialmente. a partir daí a noite foi marcada por outra prenda: anselmo, a pixa. uma pila insuflável com um metro de altura. enchemos ainda no restaurante e não foi preciso mais nada. esqueci-me de mencionar uma pequena listinha que as meninas fizeram com tarefas para eu realizar ao longo da noite. por acaso não falhei e consegui todas, inclusive a mais difícil: quatro pares de boxers - deram-me seis, lavados e tudo. não pagamos uma única bebida a noite toda e chegamos a casa às 5 e meia da manhã, bêbedas, cansadas, felizes e bem dispostas. só uma foi para casa com um beijo e o resto é história. no dia seguinte fomos acordando, despachando, almoçando e ao final da tarde, ofertamos ao douro uma garrafa com os nossos desejos para o futuro. cheguei a lisboa cansada, ressacada mas com a sensação de dever cumprido. foram um dia e uma noite espectaculares, estava toda a gente bem disposta e com o espírito certo e as pessoas que fomos conhecendo e na rua alinhavam todas. os rapazes que nos acompanharam durante a noite eram giros bem simpáticos. pelo que consegui apurar, ainda não acabou. falaram-me de um segundo round. uma das promessas que fizemos foi que, de tempo a tempo, regressamos ao porto para um bust no ego.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
save the date dude
parece que agora já é oficial e posso contar ao mundo. no próximo mês de março, eu e a criança vamos dar o nó. tem sido um misto de coisas que não consigo identificar. entusiasmo, desilusão, novidade, felicidade, tristeza. não consigo perceber a função deste tipo de evento que, no nosso caso, tem um valor meramente interesseiro, por assim dizer. começamos numa jornada o ano passado quando decidimos sair do dubai que nunca pensamos que se desenrolasse assim. queremos aventurar-nos juntos e sem pedidos oficiais decidimos, como adultos, que era a melhor solução para o problema. as últimas semanas têm sido uma azafama de convites, dinheiro, pessoas, marcações, vestidos, provas, aaaah. e sem me aperceber, falta pouco mais de um mês. posso adiantar que estamos os dois assustados e maneira de lidar com isso é um no outro. descarregamos um bocado. mas para ser sincera, assusta-me mais o que vem a seguir. mudar de país, mudar de cidade, mudar de casa e voltar à estaca quase zero. de novo. all over. espero pelas vossas confirmações!
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
o dia que descobri que tenho um dote
não consigo explicar como, mas tenho conseguido prever muito bem as tendências de fontes (ou tipos de letra). ultimamente procuro e encontro-as ao acaso e passado uns meses recebo newsletters que me anunciam aquilo que eu já estava a par. isto deixa-me relativamente satisfeita e irritada. satisfeita porque parece que tenho jeito para a coisa e consigo detectar bem as tendências - talvez tenha apanhado o jeito da minha mãe que sempre me ensinou a escolher roupas que só na estação ou no ano a seguir é que estão na moda. irritada porque tipografia nem é a área que eu mais gosto no design. estou a descobri-la mais recentemente e até fiquei espantada com a capacidade que tenho de conjugações. para quem percebe e quem não percebe fica aqui o link que provou este meu dote, se quisermos.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
humpf
acho que gostávamos todos de acreditar que as coisas acontecem por um motivo mas, acima de tudo, conhecer esse motivo. podemos achar que há uma força a guiar, que as coisas acontecem completamente ao acaso ou há algum deus que nos ajuda a tomar decisões. é fácil acreditar nesse tipo de engrenagens para não sentirmos que aquilo que fazemos não é em vão ou só porque é assim a vida. tentamos arranjar justificações mas a verdade é que somos guiados por alguma força. a força dos outros, de vontade, da natureza, das nossas relações. são tudo motivos que nos inclinam ou não para uma decisão, atitude ou comportamento final. não é o destino. não nascemos destinados a percorrer um caminho. não nascemos para estar com uma pessoa. nascemos para viver e tentar aproveitar aquilo que nos é dado porque a vida é uma sucessão de decisões que temos o poder de tomar. não nos podemos virar para a mãe, o pai, o irmão, o namorado. temos sim de ser racionais e pensar naquilo que nos vai fazer melhor. mas a verdade é que nos viramos para as pessoas à procura de uma resposta. baseamo-nos demasiado nos outros para tomar as nossas próprias decisões. e pergunto-me (sempre) porque é que faço isso? tenho de as tomar por mim, porque eu quero, porque me vai fazer bem ou melhor. humpf.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
to do or not to do
depois de fazer a minha lista de resoluções e finalmente encarar o novo ano com o abraçar da minha rotina, começo a perceber que é importante termos em mente aquilo que queremos resolver. para além das básicas ser mais saudável, praticar mais desporto, passar mais tempo com quem vale a pena, quero dedicar este ano à leitura. 2013 foi um ano horroroso nesse aspecto. sinto-me ignorante e não gosto desta sensação. tenho saudades de tardes de leitura no sofá, na cama, num café. também quero empenhar-me e dedicar-me à minha carreira, a tornar-me aquilo que quero ser. este já é um projecto que vem desde o início de dezembro mas 2014 vai ser o ano de arranque! quero também dar menos importância a mesquinhices e rodear-me de pessoas que querem estar comigo. se o último mês me serviu de prova é que as pessoas que não me fazem bem também não merecem ser altamente consideradas. quero deixar de ser tão preocupada com o que podem pensar e mais preocupada com aquilo que eu quero. that's a given. para além disso (uf!) quero voltar a acreditar na minha profissão. apesar de já estar comprometida num projecto, sinto que posso ser muito mais design, respirar mais design, ser mais interessada. farto-me de ler e pesquisar sobre o assunto mas não há limites para aquilo que eu posso saber. correndo o risco de me repetir e/ou cair em cliché, quero passear mais por portugal. já acordei com o manel que tiramos, pelo menos, um fim de semana por mês para visitar algum sítio onde ainda não tenhamos estado - juntos. é um desperdício não aproveitar. e é sempre uma boa alternativa a ficar no sofá a ver os mesmos filmes do ano passado.
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