quinta-feira, 9 de agosto de 2012

lemonade? i made it just for you!

todas as famílias têm uma dinâmica diferente e muito própria de lidarem com os seus membros. sei que a minha é particularmente especial. quem nos conhece sabe que temos um sentido de humor enorme e estamos sempre a comunicar por meio de piadas e parvoíces. sempre vimos os simpsons e friends portanto muitas das nossas referências vêm de lá. por outro lado também temos falta de algumas coisas que só se vão desenvolvendo à medida que as crianças crescem. eu e o meu irmão sempre andamos às turras e mal nos ligávamos quando éramos mais novos. depois de termos vivido juntos em lisboa as coisas mudaram. aliás, para mim começaram a mudar na altura em que fui ao meu primeiro super bock super rock, no meu 11º ano, talvez em 2004? lembro-me de ser a primeira vez que o vi bêbado, sempre na minha companhia. demos uma volta enorme por lisboa, à noite. estava aterrorizada, mas senti-me tão bem a falar com o meu irmão que me esqueci disso. a sensação ainda hoje é tão viva como há anos. e a primeira vez que nos ligámos como adultos à minha mãe foi algures o ano passado, num fim de semana que fomos passar a lagos e cozinhámos, eu, ela e o meu irmão, a conversar e beber um copo de rosé. foi qualquer coisa de indescritível. depois há sempre os membros adicionais. tenho uma amiga desde a infância que sempre fez parte da nossa dinâmica e para além de perceber o sentido de humor, compartilha-o connosco. é adorável de se ver quando nos juntamos todos. tenho tantas saudades da minha família. mas depois também penso que, eventualmente temos de criar a nossa própria. que achamos que vai ser sempre melhor por aproveitarmos o melhor que nos deram e o nosso melhor. agora que vivo longe da minha mãe, em muitas situações revejo-me nela. expressões, atitudes, comportamentos. chega a ser assustador. a minha sorte é ela não ler o meu blog e portanto não fica a saber disto. e é nestas alturas que não trocava a minha família por nada. pais, irmão, primos, tios, tias, avós e avôs. todos eles vivem um bocadinho em mim. e principalmente a minha avó, de quem tenho um universo de saudades e ainda não acredito que cada vez que for a portugal, ela não vai lá estar.

2 comentários:

  1. Curioso... Ainda há pc tempo numa conversa com o Betinho referi a gradual parecença que ia tendo com a minha mãe. Inferi que achava que esse "fenómeno" também se passaria com algumas das minhas amigas. Para o bem ou para o mal sao o nosso modelo :)

    E apesar de ter estado por Lagos na ultima semana, sinto imensas saudades de colinho materno!

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  2. true story! passamos tanto tempo a não tentar ser o mesmo que acabamos a fazer exactamente isso.

    :)

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