segunda-feira, 27 de agosto de 2012

friends will be friends

e ainda nisso de ter ido a portugal, no jantar em lisboa, em conversa com os meus amigos, falámos sobre a selecção natural. não do ciclo da vida, mas de amigos. para quem não sabe, quando estamos longe, os meios de comunicação modernos tornam-se essenciais naquilo a que chamamos convívio. mensagens, facebook, skype, whats app (...) aquilo que quiserem. manter o contacto dificulta-me a estadia aqui, porque faz-me ter mais saudades. no entanto, tento sempre falar com quem posso quando me lembro. o mesmo nem sempre acontece ao invés. as pessoas continuam as suas vidas da mesma forma que eu as deixei e acabam por se esquecer mais facilmente. até aqui tudo bem. mas é passado meses de ausência que começamos a fazer a selecção. ou seja, a perceber quem realmente são os nossos amigos. e ai a coisa começa a afunilar. nem todos se esforçam, nem todos se lembram, nem todos se querem lembrar. é uma sensação estranha, tendo em conta que estava habituada a estar com toda a gente. mas ter noção de que a relação não é como pensavámos torna o caso um bocado mais complexo. faz-me pensar mais nas pessoas com quem eu me dava. nesse registo, nota-se também nas greetings. quando os vemos pela primeira vez, a forma como cumprimentam. há o olá distante, os dois beijinhos por cortesia, os dois beijinhos mais sentidos, o abraço e o mega abraço repleto de beijinhos. tive de todos. e lembro-me de quem foram.

pelo menos podemos dizer que é uma boa selecção natural. pode não parecer ao início.  

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