quarta-feira, 4 de julho de 2012

por mais que queiramos.

mais uma vez venho reclamar um bocado. mas também quem não gosta não lê. hoje estive a ler um artigo numa revista cujo nome não interessa e senti-me relativamente identificada. falava sobre uma condição que parece existir que torna as mulheres super paranóicas no que toca à comida. paranóicas no sentido de controlarem absolutamente tudo o que comem, contarem as calorias e, como dizia a jornalista, escrevê-las mais que duas vezes em post-its, só para ter a certeza de que não estão enganadas quanto ao consumido. ora bem, todas nos podemos identificar um bocado porque todas acabamos por ser, nem que seja só um pouco, paranóicas em relação ao que comemos. podemos chamar conscienciosas se quisermos. eu sei que sou. e há sempre alturas em que me sinto pior (muito pior) em relação ao meu corpo e culpada por aquilo que como. verdade seja dita esta semana tenho-me sentido assim. e sinto-me culpada quando como até os meus flocos com iogurte (natural) de manhã. não chego ao ponto de contar as calorias mas chego ao ponto de pensar que devia. depois também penso, mas eu faço isto por quem? por mim? às vezes. pelos outros? também às vezes. pela sociedade? muito provavelmente. já sei que é tópico batido e toda a gente fala disso. mas a verdade é que a sociedade impõe bastante nas nossas mentalidades e faz-nos acreditar em coisas que, na maior parte dos casos, podem nem lá estar. macaquinhos à parte, as revistas tiram-nos do sério. pernas perfeitas, barrigas flat, rabinhos empinados, pele radiosa. por muito que queiramos nem sempre conseguimos estar assim e acabamos por nos sentir frustradas e secalhar tristes por pensar que não vamos ser aquilo que achamos que queremos ser. num mundo ideal os cabelos estavam sempre arranjados, a celulite era apenas mito, a maquilhagem era só acessório e as baixas auto-estimas não existiam. pois bem, como as coisas não são assim, temos de nos habituar ao que existe e tentar ser o melhor que devemos ser. mas não pelos outros, sempre por nós. o mais difícil, provavelmente, é perceber isso. eu sei falar, mas falar é fácil. fazer é sempre mais complicado.

mas atenção que não estou aqui a falar mal do que vemos nas revistas, só a referenciar. sabe-se que quem lá aparece tem o máximo dos cuidados com tudo aquilo que refere a saúde e beleza.

(agora estou no meu computador por isso tenho acentos, yey!)

Sem comentários:

Enviar um comentário