quarta-feira, 10 de agosto de 2011

porque nunca nos preparam para estas coisas.

falam-nos disso e dizem que temos de nos preparar porque o estado é crítico, mas quando chega a altura nunca sabemos (ou sei) lidar com isso. é uma coisa que não se percebe e o que me faz confusão é conceber um mundo onde as pessoas de quem mais gosto deixam de existir. é todo um habituar a uma nova situação que não estava ali e agora está. o facto de já não a ir ver mais ao lar, onde fazia sempre o seu tricot, as malhas, as mantas. vê-la perguntar pelo meu namorado ou pela vida em lisboa. algo de estranho se passa quando a minha avó deixa de fazer parte da minha vida - pelo menos terrestre como ela acredita(va). e de pensar que a fiz feliz da última vez que a vi consciente com quatro cerejas. melhor que saber que ela deixou de sofrer é saber que ela pensa(va) que vai(ia) ter com o meu avô.

é(era) a minha avó Rosa.

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