quarta-feira, 2 de junho de 2010

2 de Junho de 1988

hoje faz anos um dos meus mais antigos amigos. acho. não sei se a denominação ainda está patente porque ao longo do tempo as pessoas deixam de ter aspectos comuns e como aparentemente ele parece ter-se esquecido do passado ou querer esquecê-lo, para mim algumas coisas são intocáveis. acho que (con)vivo muito com o passado porque, por mais cliché que pareça, tornou-me quem hoje sou. e verdade seja dita, os clichés existem por alguma razão. ainda penso nele e sinto saudades das pessoas que éramos juntos. mantemos amigos em comum. jantamos juntos nas férias da páscoa ou em fevereiro (não consigo destacar muito bem a altura) mas pouco foi dito. é normal, eu sei. quando as pessoas se afastam, em certos casos é difícil manter pontos comuns. começa a criar-se uma espécie de vazio entre as pessoas e eventualmente a separação acontece. por mais duro que seja, era uma pessoa que estava ali quando eu precisasse e agora já não é. há muito tempo acho. compreendo que, como em muitas relações, destroem-se reciprocamente. ficamos cansados e acabamos por ceder ao tempo, à idade e às eventualidades. não deixo de ter saudades. não deixo de pensar e se. tenho pensado que não deixo de sentir afecto ou apego pelas pessoas que passam e/ou ficam na minha vida. ainda tenho ciúmes de ex-namorados. ainda sinto facadas de amigos(as). não sei. sou bastante apegada a tudo o que passou e apesar do que se pode pensar, penso em muitos pormenores e lembro-me de muuuuitas coisas que outros não se lembram. verdade que a cada um a sua memória (selectiva) mas há coisas que me marcam de uma forma que sei que vai ser para sempre. gostava de manter as pessoas de quem realmente gostei e gosto numa caixinha e estar numa caixinha delas também. por muito limitativo que seja, bons tempos querem-se muito. mas é mito que eles duram.

parabéns *

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