segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

drinking from the bottle

quem me conhece sabe que não sou necessariamente pessoa dada a certas tradições; sou muito no que respeita ao natal e pouco no que respeita a páscoa. mas uma tradição que, nem eu e nem o manel quisemos dispensar, foram as nossas despedidas de solteiros. cada grupo de amigos organizou um fim de semana de treats e goodies para nos proporcionar uma despedida da vida de solteiros digna. não posso falar da deles mas posso falar a alto e bom som da minha. fomos para o porto (admito, um bocado reticente da minha parte) seis meninas, sábado às 9 da manhã. quatro no carro e duas de comboio chegamos praticamente à mesma hora. deixamos as coisas em casa e fomos directas ao mcdonald's da avenida dos aliados, famintas de comida-lixo. um mcchicken mais tarde fomos passear para a zona ribeirinha do porto e de gaia. interpelamos e fomos interpeladas por pessoas na rua. não é fácil ignorar tanta menina junta. fotos, brincadeiras e expectativas depois, voltamos a casa para descansar, fiz uma sesta e acordei para nos despacharmos. a sair de casa começaram as prendas e a primeira foi um véu enfeitado de pilinhas e corações com glitter. fomos jantar ao pimms, uma iguaria do porto sem igual precedente. bom, bom, bom. o senhor do restaurante ficou excitadíssimo por termos escolhido aquele como o ponto de partida da despedida de solteira e começamos bem com um espumante on the house. os jogos começaram. o primeiro foi em parceria com o manel. na semana antes interrogaram-no com 21 perguntas e eu tive de responder a todas correctamente. nas que errasse, bebia. simples quanto isso. estava em formato vídeo e para eterno espanto meu, comecei a chorar com a resposta da criança à primeira pergunta: qual é o maior medo do manel? que a eduarda me deixe. e não é que acertei? não foram todas feitas de seguida mas ao longo do jantar. a comida estava deliciosa, o vinho óptimo e a conversa agradável. a partir do momento em que a mariana bebeu vinho tinto a festa começou oficialmente. a partir daí a noite foi marcada por outra prenda: anselmo, a pixa. uma pila insuflável com um metro de altura. enchemos ainda no restaurante e não foi preciso mais nada. esqueci-me de mencionar uma pequena listinha que as meninas fizeram com tarefas para eu realizar ao longo da noite. por acaso não falhei e consegui todas, inclusive a mais difícil: quatro pares de boxers - deram-me seis, lavados e tudo. não pagamos uma única bebida a noite toda e chegamos a casa às 5 e meia da manhã, bêbedas, cansadas, felizes e bem dispostas. só uma foi para casa com um beijo e o resto é história. no dia seguinte fomos acordando, despachando, almoçando e ao final da tarde, ofertamos ao douro uma garrafa com os nossos desejos para o futuro. cheguei a lisboa cansada, ressacada mas com a sensação de dever cumprido. foram um dia e uma noite espectaculares, estava toda a gente bem disposta e com o espírito certo e as pessoas que fomos conhecendo e na rua alinhavam todas. os rapazes que nos acompanharam durante a noite eram giros bem simpáticos. pelo que consegui apurar, ainda não acabou. falaram-me de um segundo round. uma das promessas que fizemos foi que, de tempo a tempo, regressamos ao porto para um bust no ego.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

save the date dude

parece que agora já é oficial e posso contar ao mundo. no próximo mês de março, eu e a criança vamos dar o nó. tem sido um misto de coisas que não consigo identificar. entusiasmo, desilusão, novidade, felicidade, tristeza. não consigo perceber a função deste tipo de evento que, no nosso caso, tem um valor meramente interesseiro, por assim dizer. começamos numa jornada o ano passado quando decidimos sair do dubai que nunca pensamos que se desenrolasse assim. queremos aventurar-nos juntos e sem pedidos oficiais decidimos, como adultos, que era a melhor solução para o problema. as últimas semanas têm sido uma azafama de convites, dinheiro, pessoas, marcações, vestidos, provas, aaaah. e sem me aperceber, falta pouco mais de um mês. posso adiantar que estamos os dois assustados e maneira de lidar com isso é um no outro. descarregamos um bocado. mas para ser sincera, assusta-me mais o que vem a seguir. mudar de país, mudar de cidade, mudar de casa e voltar à estaca quase zero. de novo. all over. espero pelas vossas confirmações!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

o dia que descobri que tenho um dote

não consigo explicar como, mas tenho conseguido prever muito bem as tendências de fontes (ou tipos de letra). ultimamente procuro e encontro-as ao acaso e passado uns meses recebo newsletters que me anunciam aquilo que eu já estava a par. isto deixa-me relativamente satisfeita e irritada. satisfeita porque parece que tenho jeito para a coisa e consigo detectar bem as tendências - talvez tenha apanhado o jeito da minha mãe que sempre me ensinou a escolher roupas que só na estação ou no ano a seguir é que estão na moda. irritada porque tipografia nem é a área que eu mais gosto no design. estou a descobri-la mais recentemente e até fiquei espantada com a capacidade que tenho de conjugações. para quem percebe e quem não percebe fica aqui o link que provou este meu dote, se quisermos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

humpf

acho que gostávamos todos de acreditar que as coisas acontecem por um motivo mas, acima de tudo, conhecer esse motivo. podemos achar que há uma força a guiar, que as coisas acontecem completamente ao acaso ou há algum deus que nos ajuda a tomar decisões. é fácil acreditar nesse tipo de engrenagens para não sentirmos que aquilo que fazemos não é em vão ou só porque é assim a vida. tentamos arranjar justificações mas a verdade é que somos guiados por alguma força. a força dos outros, de vontade, da natureza, das nossas relações. são tudo motivos que nos inclinam ou não para uma decisão, atitude ou comportamento final. não é o destino. não nascemos destinados a percorrer um caminho. não nascemos para estar com uma pessoa. nascemos para viver e tentar aproveitar aquilo que nos é dado porque a vida é uma sucessão de decisões que temos o poder de tomar. não nos podemos virar para a mãe, o pai, o irmão, o namorado. temos sim de ser racionais e pensar naquilo que nos vai fazer melhor. mas a verdade é que nos viramos para as pessoas à procura de uma resposta. baseamo-nos demasiado nos outros para tomar as nossas próprias decisões. e pergunto-me (sempre) porque é que faço isso?  tenho de as tomar por mim, porque eu quero, porque me vai fazer bem ou melhor. humpf.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

to do or not to do

depois de fazer a minha lista de resoluções e finalmente encarar o novo ano com o abraçar da minha rotina, começo a perceber que é importante termos em mente aquilo que queremos resolver. para além das básicas ser mais saudável, praticar mais desporto, passar mais tempo com quem vale a pena, quero dedicar este ano à leitura. 2013 foi um ano horroroso nesse aspecto. sinto-me ignorante e não gosto desta sensação. tenho saudades de tardes de leitura no sofá, na cama, num café. também quero empenhar-me e dedicar-me à minha carreira, a tornar-me aquilo que quero ser. este já é um projecto que vem desde o início de dezembro mas 2014 vai ser o ano de arranque! quero também dar menos importância a mesquinhices e rodear-me de pessoas que querem estar comigo. se o último mês me serviu de prova é que as pessoas que não me fazem bem também não merecem ser altamente consideradas. quero deixar de ser tão preocupada com o que podem pensar e mais preocupada com aquilo que eu quero. that's a given. para além disso (uf!) quero voltar a acreditar na minha profissão. apesar de já estar comprometida num projecto, sinto que posso ser muito mais design, respirar mais design, ser mais interessada. farto-me de ler e pesquisar sobre o assunto mas não há limites para aquilo que eu posso saber. correndo o risco de me repetir e/ou cair em cliché, quero passear mais por portugal. já acordei com o manel que tiramos, pelo menos, um fim de semana por mês para visitar algum sítio onde ainda não tenhamos estado - juntos. é um desperdício não aproveitar. e é sempre uma boa alternativa a ficar no sofá a ver os mesmos filmes do ano passado.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

dois mil e catorze

2014 tem de ser o ano. mais um mas o. preciso de uma elevação de espírito e dias melhores. as últimas semanas de 2013 resumiram muito bem o meu ano e não foram muito boas. entre ter sido assaltada, ter trabalhado nos dias de natal e chatices com amigos, não sobrou tempo para o que eu queria fazer. tenho pena de ter ficado ainda mais céptica e cínica em relação às minhas amizades e ter-me chateado com coisas que não devia - porque nada me faz dormir melhor que uma consciência tranquila. apesar de tudo este ano marcou o meu regresso do dubai, os meus quatro longo meses de verão em lagos e o meu retorno a lisboa. consegui organizar a minha casa a meu gosto, tirar um curso para evoluir na minha carreira e apostar numa decisão que me vai com certeza mudar a vida. entretanto 2014 vai ser o ano em que completo dois anos a viver com o manel, em que começo a tomar conta de mim porque, independentemente de tudo já tenho 25 e é aqui que toda a fundação da nossa "velhice" começa, em que aposto naquilo que amo fazer e em melhores relações para a minha vida. aquilo que é desperdício não dá para aproveitar e só ocupa espaço (e isto aplica-se a tudo). correndo o risco de já não conseguir escrever mais antes do próximo ano, espero que este seja um novo começo para muita gente, que o ano seja sempre a subir com pequenas quedas no meio e acima de tudo muita, muita saúde. sejam felizes meus doces*

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

(inimi)zades

as amizades não são uma coisa garantida e tenho aprendido que oriento a minha preocupação e dedicação às pessoas erradas. não estou a dar importância a pessoas que devia e, como tudo, também este tipo de relações tem altos e baixos. maior parte das pessoas na minha vida preocupam-se com elas próprias e eu preocupo-me com essa parte. e não devia. preciso de começar a seguir os clichés que têm razão. não nos devemos rodear por pessoas que não nos ligam ou não retribuem o que damos. devemos rodear-nos por pessoas que se preocupam e perguntam por nós. e por mais básico que este pensamento seja, não deixa de ser verdade. isto porque estou farta de falsos romances, de entusiasmo momentâneo. tenho saudades de amizades seguras, de saber que posso contar, de rir e chorar. farta de servir só para as coisas boas e esquecerem-se de mim nas más. quero quem me pergunte como é que eu estou depois de ter sido assaltada (por muito problema de 1º mundo que isso seja), quero quem me pergunte o que é que recebi pelo natal, o que vou fazer na passagem de ano. e não alguém que se limite a responder a perguntas de forma egoísta. provavelmente é pedir de mais. provavelmente é sempre pedir de mais e infelizmente nunca se pode agradar a todos, nós inclusive.