dolce far niente resolutiones

li no blog da minha rica loira sobre as resoluções de ano novo.

não as faço há uns dois anos. sinto-me sempre estúpida e frustrada quando me apercebo que são praticamente imbecis de se fazer. sim. porque ninguém (ou muito poucos casos) as cumprem. primeiro não podem ser irrealistas (tipo, vou ser feliz); também não devem ser extremistas (tipo, vou deixar de comer doces); por outro lado, não podem ser muito suaves (tipo, vou mais vezes ao cinema). por isso, eu não as vou fazer. não vou. nããão.

tradição ou não!

tradição. tradições. tradicionalismos.

perguntemo-nos o que são. para que servem. que efeito surtem.

quando falamos em tradição, tradições, falamos em que aspectos? social? cultural? familiar? comunitário?

podem existir várias formas de tradição. as tradições familiares que respeitamos ao longo dos anos que vivemos. as tradições sociais que aprendemos com os nossos pares e vão sendo moldadas ao longo das nossas vidas, conforme os pares (que vêm e vão). as tradições culturais que respeitam, por exemplo, a cultura ocidental. e as tradições comunitárias, que unem os mais variados tipos de pessoas.

não me vejo como uma pessoa tradicional. respeito muito poucas tradições - sirva de exemplo o natal e a ceia de natal. não tenho tradição de almoçar com os meus pais no primeiro dia do ano. de procurar ovinhos da páscoa, de celebrar o 25 de abril nem de fazer a dança da chuva. simplesmente admito-me ignorante em grande parte das tradições que definem (sirva para o caso) a portugalidade (que já falei no anúncio do azeite Gallo).

no entanto, vejo-me numa futura encruzilhada ao ter de falar e pegar no assunto da tradicionalidade portuguesa, a tema da minha tese. nada poderia ser mais irónico. eu, a tratar de temas tradicionais e a ver-me a percorrer o algarve em busca do melhor e maior produtor de qualquer um dos produtos que me proponho a estudar. pronvincianos ou não, servir-me-á de lição - durante seis curtos meses.

quero deixar-vos a pensar nas vossas tradições, nos vossos costumes e pronto. é o meu desejo pós-natalício e pré-ano-novo.

época festiva

é engraçado como as coisas funcionam. hoje dei por mim a perceber que realmente já não há pontes comuns entre nós. que realmente a decisão foi a mais acertada e não há arrependimento. porque com o tempo, as pessoas revelam-se. assustei-me um bocado por pensar que existiria alguma saudade mais latente, mas não. nada mesmo. obrigada! e um feliz natal para todos, que para mim, continua a ser dos melhores de sempre.

a ouvir florence and the machine

penso muito no que significa ser mulher. leio muitos posts que falam sobre como se define uma mulher, que são complicadas, nunca sabemos o que elas querem, falam falam falam, mas pouco se diz sobre o assunto. acho que somos tão complicadas quanto os homens, mas carenciamos mais nos aspectos biológicos. maior parte pensa mais que aquilo que faz. analisamos demasiado. às vezes é preciso deixarmo-nos ir e pensar que há coisas que não se repetem e, portanto, não há mal em arriscar. admito que em alturas, nem eu me percebo. verdade seja dita, pasmo-me com tanto pensamento desnecessário. é! não cesso de querer sempre mais e não estar satisfeita ou porque alguém fez alguma coisa e não pode ser só aquilo, there's more into it. coisas do género. acho que há coisas que não acontecem por acaso, outras que sim. ou não. não sei. talvez seja tudo uma grande coincidência e somos assim hoje porque sempre pensámos demasiado no que não devíamos. gostava de imaginar que somos todos espíritos livres e fazemos as coisas acontecerem de uma forma imprevisível - que na realidade não temos controlo sobre o que nos acontece - mas não deixamos de ser responsáveis pelos nossos actos. talvez este pensar demasiado se ramifique e resulte numa teia imensa de cenários que não são como achamos.

devaneios de quarta-feira à tarde.

haja espírito

nesta época natalícia estou bem inspirada para transmitir o espírito e a vontade que tenho de passar uns dias em casa, com a família, a comer doces e iguarias do mais delicioso que há. é de aproveitar porque só as como nesta altura do ano. neste aspecto sou estranhamente tradicional. não ligo nada a muitas outras coisas, mas para mim o natal é sagrado. sagradíssimo. tem de haver bacalhau com grau e couves no dia 24, farrapo no dia 25 ao almoço e peru ao jantar. sobremesas só as essenciais e a que estou habituada: rabanadas ou fatias douradas, como preferirem, mexidos - uma mixeruca do norte - aletria, bolo rei (que ninguém come), pastéis de batata doce, fritos eeeeee, frutos secos. para além disso sou pouco tolerante a alterações que se façam ou acrescentos criativos que para mim não fazem sentido. a árvore está montada e os preparativos vão sendo feitos de dia para dia. prendas já estão no seu lugarzinho e o meu cão pouco entusiasmado com tudo isto. apesar de estar sempre a brincar, de um lado para o outro, não ligo absolutamente nada às decorações. o que até é bom, para não as destruir.

para mim que tenho de fazer trabalhos nestas férias, só me apetece o quentinho da lareira, o conforto do meu sofá e as lambidelas do meu cão.

happy holidays!

isto de ser designer... #3

retirado de algures!

ulala que não é pouco!

tenho de confessar que hoje estou bem disposta. acordei em casa do namorado, fui ao ginásio, almocei e passei a tarde toda com a minha amiga, imprimi a minha proposta - que ficou com uma qualidade excelente - comprei a minha agenda 2011, tive um jantar agradável e recebi visitas de lagos. nada mau. sinto-me aliviada, satisfeita e relativamente feliz, se isso é possível.

com esta história da proposta tenho-me sentido inspirada para escrever. em adição à minha parte que está completa desde terça ou quarta, tenho ajudado duas amigas a redigirem a delas. altero textos, acrescento, corrijo. sinto-me bem contente quando ponho em prática as minhas capacidades de escritora. aguardem um romance!

entretanto, já tenho as compras de natal quase todas feitas. faltam-me duas que vão ser compradas amanhã. mas não há prendas extra este ano. costumo dar a amigos e amigas, mas não há euros suficientes e a mãe dá nas orelhas.

as malas estão feitas para a semaninha e meia em casa. já tenho saudades. desde o halloween que não ponho os pés na terra e sinto-me uma lacobrigense desnaturada. mas há deveres que chamam mais alto e portanto, por cá vamos ficando.

pela primeira vez, em onze ou doze anos, vou passar uma passagem de ano fora de lagos. por incrível que pareça, finalmente vou sair da bolha de ano novo que criei. ufa! ainda não tenho a certeza do destino, mas pelo menos vestimenta já há.

boa sexta-feira e bom começo de férias (para quem for o caso).

:)

um sushi que não se come

ontem foi um dia triste. morreu o cão (lindo) de uma amiga minha. com apenas quatro anos, caiu num buraco e partiu a coluna em dois. pela primeira vez na minha vida, chorei a morte de um animal que não é meu. choro compulsivo. não conseguia parar. não consigo digerir o facto daquele cão ter morrido. aquele preciso cão. no entanto, não descuro o feliz que ele foi. teve tudo e mais. e, por mais ridículo que pareça para uns, tive o prazer de o conhecer e fazer parte de um pedacinho da vida dele. o aperto continua, mas o sushi vai sempre ficar!

~~ have you read my blog today

costumo ser muito vaga nos meus posts e tento não mencionar pessoas, lugares ou situações. posso referir-me a elas de uma forma muito subtil - ou penso eu. muito de propósito para evitar confusões, conflitos e outros demais que possam surgir por aquilo que eu escrevo ergo penso. recuso-me a falar sobre discussões que tive ou qualquer coisa que possa suscitar o pior de mim. sim, porque eu sou terrível, eu sei disso, tenho plena noção. se não sou no exterior, farto-me de remoer no interior. normlamente, tento dizer logo se algo me incomoda, mas há falta de oportunidade guardo para mim, evintando assim qualquer tipo de confusões que daí possam advir. sim, também sou esse tipo de pessoas. muito porque sempre fui contida ao ponto de comer e calar. mas depoooois, as pessoas estão mal habituadas a ouvir - de mim ou de outros - e pronto, mandam vir. e eu tenho pouca tolerância para certas coisas. ou vou tendo menos. cada vez menos. hoje também estou irritada por causa da minha proposta. está um bom dia e eu em casa, fechada, com o meu kikinho a dormir encostado a mim. não que seja mau de todo, mas preferia andar lá fora a passear com ele. por aqui nos ficamos, ao som de five for fighting.

the best burguer in the world!

tudo o que acontece de vez em quando sabe bem. ter em lisboa os 'papás', o cão, ir às compras de natal antecipadamente e fazer algumas comprinhas oferta da mãe (sim, desenganem-se que não é todos os dias). entretanto, também não acontece todos os dias acabarmos a proposta - que aliás foi ontem, mas serve para todos os efeitos. só tenho de a rever (no mínimo quatro vezes) e acabar de paginar adequadamente.

entretaaaaaanto, e noutro registo também me apetece um mega, gigante, saboroso hamburguer! desde o dia que vi um episódio de how i met your mother em que eles assaltaram nova iorque para encontrar o melhor hamburguer de sempre que fiquei com o maior dos apetites. até sonhei que o comia em relativamente boa companhia! e foi óóóóptimo!

bom fim-de-semana!

oh rama oh que linda rama

adoro a nova campanha do azeite gallo. acho que está muito bem conseguida e capta a verdadeira essência daquilo que eles chamam de nova geração. adoro a música na versão dos b fachada e a sucessão de imagens e momentos escolhidos para dar cor a um dos melhores anúncios que tenho visto nos últimos tempos.

one of these days

há dias, como o de hoje, que eu me pergunto para o que é que contribuíram. tirando o ginásio e ter ido buscar uma carta ao correio para o meu irmão, nada de novo, estimulante, engraçado, querido, afável (...) aconteceu. é verdade que vou ao sushi com amigas e ao bairro e estou ansiosa porque já não como sushi há dois meses e nada se vai comparar ao pedacinho de arroz massapão enrolado por uma alga a ser mastigado pelos meus molares e engolido pela minha guela, mas, tirando isso, não há real contributo deste dia - como tantos outros - para aquilo que eu sou ou quero ser. muito se fala do carpe diem e balelas do género, mas gostava que todos os dias fossem repletos de tudo e mais alguma coisa para saber que valem a pena ser vividos. sem querer ser paneleira e já sendo, quero sentir que os dias por que temos obrigatoriamente de passar vão representar uma vida preenchida e repleta de tudo a que tem direito. hoje estou céptica em relação à forma como lido com a minha visão da vida. tenho pensado seriamente naquilo que vale a pena e no que simplesmente é tomado como garantido, como eu própria já fui tomada. não é uma boa sensação e aposto que a vida também não gosta disso. quando há aqueles momentos reveladores que dão uma reviravolta à percepção que as pessoas têm da vida parece que nada as pára. é exactamente como as resoluções de ano novo: muito entusiasmantes de se planearem e muito relutantes em serem cumpridas. entretanto, há sempre sushi!

pensamento positivo, pensamento positivo, pensamento positivo

não quero ter saudades vossas. recuso-me. recuso quem me recusa. terrível! passar o dia em casa não ajuda nada nem ninguém. tenho-o dito. sinto-me triste. um bocado. relativamente. com vocês! vocês que não sabem nem imaginam. vocês que têm sido negligentes. cheers!

já dizia o 'outro'

slow down, you're moving too fast!

quando a cabeça não tem juízo

há dias em que consigo redigir a minha proposta seguida. sem pausas. quando a inspiração está a dar de si e realmente reflecte na minha escrita. outros, como agora, ando às voltas e saem-me as mesmas palavras e expressões que não são nada de especial e nada acrescentam ao que eu já disse. será presságio?! quando quero trabalhar não consigo. melhor, quando tenho de trabalhar não consigo. fiquemo-nos por dois míseros parágrafos, uma pausa de meia hora e nada mais a acrescentar.

ainda ontem em conversa com o meu pai cheguei à conclusão que esta semana foi agitada em termos de eventos sociais - se assim os denominarmos. domingo, segunda e quarta foram noites de cinema; aconselho o novo harry potter, muito sombrio e mórbido, desaconselho vivamente the american, com o george clooney, parece um filme de manoel oliveira americanizado e aconselho (muito) o fair game, com a naomie watts e o sean penn. terça foi noite de festa no silk - uma espécie de clube socialite muito exclusivo que não faz juz à sua exclusividade. música relativamente boa, bebidas demasiado caras, ambiente agradável mas com demasiada gente para se aproveitar devidamente. quarta também foi dia de lanche na praia de carcavelos. aproveitar o final de tarde que se fez frio e agradável para comer uma tosta e beber um chá na companhia do namorado.

hoje, como já deu para perceber, é dia de trabalho. como amanhã, sábado e domingo, que este bebé tem de estar pronto até segunda!