o meu 10º e 12º ano foram bastante competitivos. não por minha causa mas por causa da minha turma. nunca fui pessoa de competir com outros em notas ou comportamentos. competia comigo. prometia-me ter melhor nota no teste a seguir. estudar mais para ter mais sucesso. cedo nos ensinam que os inteligentes é que sucedem na vida. mas a inteligência resume-se ao quê? a ter as melhores notas? tenho ex-colegas que, no período destes três anos escolares competiam com tudo e todos. no momento de recebermos o teste já nos estavam a perguntar que nota tínhamos tido sem sequer termos tempo de absorver o que acabou de ser colocado nas nossas mãos. ficavam chateadas e irritadas se tivéssemos melhores notas e com um brilho nos olhos se fossem abaixo das delas. no fundo, isto começou a perturbar-me e alterar-me. eu que não era nada assim comecei a encarar a situação como elas. quando recebia testes queria ter o prazer de as irritar. mas não acontecia, muitas vezes. não por falta de estudo ou concentração. há dias que estamos mais virados para a coisa que outros. o melhor momento veio na última aula de inglês do 11º ano e no resultado do exame nacional de psicologia. na aula de inglês a professora deu-me o meu primeiro 20. não pela média de notas dos 5 períodos anteriores, mas por eu ser a única aluna que conseguia prosseguir uma conversa em inglês e ler e escrever correctamente. isso irritou uma das minhas colegas a quem a professora deu 18 ou 19, não tenho a certeza. e no exame de psicologia onde tive a melhor nota da escola, naquele ano. isto porquê? esse grupo de colegas, que na altura faziam isso, vê-se hoje em dia numa série de profissões onde as notas não foram assim tão cruciais. e só gostava que se tivessem apercebido que esse tipo de coisas não é assim tão importante. na licenciatura e no mestrado levei mais ou menos com o mesmo, mas soube lidar de maneira diferente. nunca liguei muito às notas nem à média porque, no final do dia, é aquilo que sabemos fazer que conta. sim, tenho isso descriminado no meu currículo, mas porque é standard ter. mas nunca, em entrevista alguma, me perguntaram que notas e médias é que eu tive. a melhor competição é aquela que fazemos connosco.
As pessoas são burras, e na adolescência muito mais ainda. Infelizmente esse tipo de questões perpetua-se porque os filhinhos que faziam essa merda são os paizinhos de hoje. Isso e na adolescência/infância a maior parte das pessoas serem uns inocentes sádicos em fase embrionária.
ResponderEliminarL.
o pior nem é isso. é a pressão social que isso acaba por causar nas pobres crianças que só querem estar descansadas na sua. sofrer por tabela é bastante mau.
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