segunda-feira, 31 de outubro de 2011
a insustentável leveza de existir.
os últimos meses foram os mais estranhos, complicados, diferentes e cheios de primeiras vezes de sempre. especialmente as últimas duas semanas que culmataram com a entrega da dissertação. algo em mim pareceu transformar-se e responsabilizar-se pelo que se ia passar. foram dias e noites intensos de trabalho, de paranóia. não consegui descansar até hoje. tive o meu primeiro dia de verdadeiro descanso. fui para a cama às duas e tal da manhã, acordei às dez e depois de um passeio na praia, dormi a tarde praticamente toda. acabar a dissertação foi, no mínimo estranho. apercebi-me que nos últimos meses não me tenho sentido eu. não tenho sido eu. e não quero continuar a não me sentir eu. não me está a fazer bem nem às pessoas que convivem comigo. estou amarga, assustada, ansiosa, nervosa. detesto. duvido de mim e de todos, do que me dizem e do que faço. acho-me cheia de razão quando não tenho. e pior, que só agora é que estou a ter noção disso. senti-me muitas vezes mal, o que não é normal em mim. deixei-me levar pelo tempo passar e tornei-me amarga. e nunca fui uma pessoa amarga. estou a ressentir isso e deixa-me doente. apesar disso, entreguei o documento na sexta-feira, com tudo o que era preciso e me foi pedido e sem o sentimento de missão cumprida. o processo ainda não acabou. mas tenho de entrar numa nova fase da minha vida e fazer-me a ela! o primeiro passo é fazer anos. o segundo é arranjar trabalho. o terceiro, consciencializar-me daquilo que é ter o meu dinheiro e gastar dele. o quarto.. não estou preparada para falar nele. tudo a seu tempo como tanto me é dito. hoje, arrependo-me de ser tão impaciente e imediatista. não consigo esperar que as coisas aconteçam, sinto que tenho de as pressionar. mas não é produtivo. nem afectivo. ter calma faz parte de crescer, de nos tornarmos alguém que até hoje nunca fomos e realmente sentir que evoluímos e amadurecemos. este passo gigante de entregar a tese que andou a fermentar a minha vida nos últimos meses constitui parte do que eu sou agora, mas servia como um pano a tapar os olhos. sinto que me fui perdendo pelo percurso e preciso urgentemente de me encontrar. não quero que o que eu sou ofusque quem eu era. adoro quem eu era. e já não me sinto assim há muito tempo. quando todos os problemas começaram. sem negligenciar problemas a sério. mas a que é que eu posso pregar senão à minha própria existência?
terça-feira, 18 de outubro de 2011
a pior ressaca do mundo #6
nós, meninas, temos uma forma mais pesada de viver as coisas. sentimo-las demasiado. como se fosse o pior que já nos aconteceu. a cabeça tem tendência para vaguear onde não deve, pensar em exagero, ampliar demasiado as situações. eu sei. sou vítima disso. daí os posts da pior ressaca do mundo. nada me faz pensar que vai tudo correr bem, que o tempo passa a correr porque estou ocupada ou em companhia de amigos e amigas. ajuda. bastante e é tudo aquilo a que me agarro. mas não deixo de sentir que falta algo. algo grande. uma espécie de buraco naquilo que é o meu peito. fico obcecada com as tecnologias, redes sociais, telemóvel e afins. em esperança de poder falar nem que sejam cinco minutinhos. dou por mim a ouvir músicas calmas, melancólicas que me remontam a outros dias. aos poucos que costumamos ter. apesar de suficientes.
paneleirices!
paneleirices!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
ser ou não ser.
em conversas (tardias) com um amigo, chegamos à conclusão que maior parte das pessoas julga mal ao primeiro contacto. ele é porque é convencido ou parvo ou gozão. eu porque sou arrogante ou nariz empinado. e tanto quanto sei, nunca fui propositadamente arrogante na vida. posso dizer que sou reservada e no início das relações - sejam elas de qualquer teor - me reservo demasiado. não dou a parecer aquilo que sou. e muito raramente me torno vulnerável. muito mesmo. e para isso acontecer é preciso acontecer algum meteorito entre mim e a outra pessoa. mas gosto bastante de ser reservada, de não me jogar de cabeça para as vidas das pessoas. analiso muito bem se valem ou não a pena. se dali pode sair algo que valha a pena. para os bons e os maus momentos. à medida que vamos conhecendo uma pessoa vão acontecendo situações que nos mostram aquilo que elas são e nos ensinam a ser como somos e no que nos tornamos. há pessoas com mais e menos impacto. e a determinada altura da vida, provavelmente começamos a filtrar e a perceber quais é que realmente contribuem para preencher os espaços e os momentos que mais tarde lembramos com um sorriso na boca. sejam conversas, festas, bebedeiras ou só pura companhia. eu acredito que as pessoas com quem conseguimos estar em silêncio valem ouro na nossa vida. isso vos digo.
são 2:22. gosto da hora.
boa semana!
são 2:22. gosto da hora.
boa semana!
terça-feira, 11 de outubro de 2011
mestre mas pouquíssimo #2
tenho-vos a dizer que hoje fiz as primeiras impressões dos objectos que estou a desenhar para a minha dissertação e, errozitos à parte, parecem-me bem!
sábado, 8 de outubro de 2011
há qualquer coisa em mim.
há qualquer coisa em mim que está constante e repetidamente a dizer que não devia, que não devia, que não devia. mas outra parte a dizer faz, faz, faz. credo que há confusão. estou confusa. demasiado para perceber o que se passa comigo nos últimos tempos. será por ser o destino? o tempo? a ausência em yet again outro aniversário? algo em mim palpita desespero e grita por uma consideração. uma, pequena, minúscula, tiny, petit. entretanto fico-me pelas frustrações e irritações que me tornam apática, nervosa, worthless. tenho-vos a dizer que nunca me senti tão confusa na vida. nem mesmo na adolescência quando as hormonas tentam matar-se com espingardas e andamos numa montanha-russa de emoções. e por falar em montanha-russa, hoje sonhei com uma. ou melhor, que andava numa. recalcado much? credo que há confusão. altos e baixos, altos e baixos. será falta de controlo hormonal? será que estou a tentar dizer-me alguma coisa que não descodifico? credo que há confusão.
domingo, 2 de outubro de 2011
quatro noites revigorantes!
de quarta a domingo, as noite foram as minhas grandes companheiras. exactamente o que eu estava a precisar para me distrair, desanuviar, descomprimir. a rotina apanhou-me desprevenida e desde quarta que casa não é lugar para se estar. a começar pela experimenta, passando pelo bairro, miradouro de são pedro de alcântara, até ao lux, uma festa de anos, mais bairro, um jantar na quinta os frades (no âmbito da restaurant week), lost in, numa tentativa frustrada, pavilhão chinês, mais bairro e viking. acordei hoje com a sensação de missão cumprida. de pressão aliviada. algo em mim tresandava a muita normalidade. ou qualquer coisa parecida. o meu sistema baralhou-se e deu cabo de mim. agora, depois de horas dormidas e limpezas feitas, dedico-me novamente à rotina que se deve instalar na minha vida para acabar a dissertação e começar o resto da minha vida.
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