porque as coisas nem sempre correm como esperamos!

gostava de não me sentir assim. como se me caíssem pedragulhos em cima da cabeça e com a maior vontade de chorar do mundo. as lágrimas não saem. devo estar desidratada. mas já me disseram que o choro nem sempre precisa de lágrimas. podemos só chorar, com sons, lamúrias, cantorias idiotas de pé à cova. mandar uma lagrimazinha para o cantinho da boca e fica-se por aí. uns saltinhos de ombros, cerrar da boca, olhar no vazio... hoje sinto-me ignorada, sozinha, muito sozinha, a tentar dar um grito de desespero sem parecer desesperada. um abraço. uma mensagem. uma resposta. gostava de ser considerada por quem não sou. ou então ser indiferente. abster-me. isolar-me de certos comportamentos. de certas pessoas. não sei. não quero saber. que se lixe.

depois

não gosto da pessoa em que me estou a tornar.

gostar v.

gosto da nossa boa disposição.

gosto de Bob Dylan.

gosto de Rol.

gosto do iogurte logo de manhã.

gosto do pôr-de-sol visto da janela do meu quarto.

gosto de me deitar na cama com os pés para a cabeceira.

gosto de vestir roupa lavada.

gosto de cheirar bem.

gosto de me sentir bem.

gosto de sair.

gosto de conversas.

gosto de beber água.

gosto de apfel strudel.

gosto de um geladito da haggen daz.

gosto de carregar dois ou três sacos de roupa nova de papel.

gosto de um peixinho no forno.

gosto de fazer bem o meu trabalho.

gosto de ajudar.

gosto de palavreado.

gosto de ouvir.

gosto de tempo. de ter tempo.

gosto... gosto muito!

semana de entregas + semana de calor

a combinação não é a melhor. é verdade. eu que até me farto de ouvir as pessoas dizer que querem o sol de volta, gosto destes dias. lisboa torna-se numa das melhores cidades no verão. os finais de tarde e noites são a coisa mais saborosa e só me apetece estar na baixa a beber ginginhas e afins. passear, vadiar. e não ficar em casa a trabalhar. maçada.

car jacking estático

pois é. ontem assaltaram-me o carro. nem aos noventa dias chegou, já apanhou com um qualquer utensílio que partiu vidros, riscou pintura e estragou borracha. é sempre uma agradável surpresa. depois de uma noite bem passada, pós-dia terrível de trabalho, fechada em casa com um tempo dos diabos, chego ao carro, acompanhada de boa gente e deparo-me com o brevíssimo cenário de vidro partido, cd's roubados, porta-luvas aberto e banco de trás escancarado. AH! e porta de trás aberta. ao menos tinham a delicadeza de a fechar. depois de choros e soluços, a polícia levou o seu tempo a preencher a declaração que me permite activar o seguro contra todos os riscos, arranjando o pobre coitado do carro a (quase) custo zero. verdade seja dita, as minhas reacções surpreendem-me. comecei a chorar, compulsivamente. e, repito, aqui por escrito, que o que mais me custa é pensar que algum(ns) drograditos(s) entraram no meu carro, mexeram nas minhas coisas, recostaram nos meus bancos, tocaram nas minhas maçanetas e afins. portanto, aos vândalos que continuam por aí e nesta altura estão a estragar a noite de outrém: hurrey!

cepticismo a quanto obrigas IX

tenho pena das pessoas que têm o mesmo discurso over and over and over again. conheço muitas pessoas assim. ouço sempre as mesmas palavras, as mesmas lamúrias como se nunca estivessem satisfeitas. também sei que somos todos os eternos insatisfeitos e só sabemos realmente as coisas quando não as temos. e nem devia ser preciso isso. deveriamo-nos aperceber sozinhos. mas também devo ser assim. acho.

lacobringeses

a vida é feita de momentos. de desilusão, de alegria, de tristeza, de decisão! são esses momentos que determinam os próximos. todos os que se seguem. todas as consequências. todos os acasos. tudo! os momentos podem ser preenchidos pelo riso, pelas lágrimas, pelo nervosismo e até pela parvoíce. ontem, a minha noite, foi cheia de momentos. cheia mesmo. pensei nisso. enquanto estava a falar com as pessoas, enquanto fazia frete, enquanto ria, enquanto matava saudades. foi estranho rever uma série de pessoas com quem me dou ou sou conhecida e estar na conversa, a passar até um bom bocado. para quem era para ir para casa à uma da manhã, seis não é exagero!

bom domingo com muito muito sol!

reader's digest

é sempre bom saber que temos mais uma leitora, e ainda por cima amiga!

boa quarta-feira*

buzina q.b.

as pessoas não sabem o quão ridículas ficam quando apitam sem sentido. pessoas parvas sem ponta por onde se lhes pegue que só dá vontade de dar um chuto no cuzinho pela quantidade de estupidez e merda que lhes está na cabeça. hoje vi um senhor perder completamente as estribeiras por causa de uma gaja que lhe apitou sem qualquer razão. fiquei menos ou tão irritada quanto ele. estúpidos!

cepticismo a quanto obrigas VIII

os desejos são coisas um tanto ou nada ridículos. de comigo. de pessoas. de músicas. de filmes. assim do nada. verdade verdade, que às vezes também me surge desejo de trabalhar. ou, trabalhar naquilo que gosto. fazer o que gosto de fazer mesmo que não faça bem. ou tão bem quanto esperaria. mas eventualmente. quem sabe. quem sabe!

rebentos

de qualquer coisa. não percebo bem ainda. alguém que perceba que se acuse!

chuva de saudade

às vezes penso se alguma vez nos desprendemos das pessoas que realmente amamos. eu sei que parece corny, mas dou por mim a falar muito de certas pessoas que amo e amei de uma forma ternurenta e meio paneleira (como eu costumo dizer). tenho pena, porque ao longo da vida há pessoas que vêm e vão e os momentos que ficam são memórias de algo que já não vamos ter. coisas que não vão voltar a acontecer. como num filme, gostava de poder reviver certas fases e alturas da minha vida onde fui genuina e autenticamente feliz. com outras pessoas. por causa de outras pessoas. quando me faço feliz (sem qualquer tom pornográfico). tenho saudades desses momentos. agora resta esperar por mais. por melhores. por reais momentos. dizem que não devemos ficar presos ao passado e é mesmo verdade. mas também não o devemos ignorar porque ele nos tornou assim, exactamente como somos agora, neste preciso momento. quem me diz que estou presa ao passado devia levar um chuto no rabiosque porque se há coisa que eu gosto de fazer é relembrar o que me fez bem. quem me fez bem. são só os dedinhos a escrever. estou melancólica. talvez pela chuva, que traz recordações.

cepticismo a quanto obrigas VII

durante esta semana estou a fazer promoção em certas universidades do novo Pólo. não sei porquê, quando faço este tipo de acções, sinto necessidade de ser extremamente simpática para os outros. quando vou ao supermercado, à farmácia e mesmo para os amigos. por mais cansada que me sinta, fico bem disposta. e a acção não é naaaaada de especial. muito menos com o dia de hoje que ficou terrível e arruinou meia estima. entretanto, todo o resto de mim está num estado lastimável. da ponta dos pés à ponta dos cabelos. sinto-me bem blhec! faltam só três dias - com um fim-de-semana pelo meio!

entretanto vou acabar de ver o padrinho II.

10 de Abril de 1990

ontem fui à festa de anos de uma amiga. foi muito giro. e enquanto via toda aquela gente a circular pela casa - família e amigos - pus-me a pensar em como os aniversários são, normalmente, alturas felizes. as pessoas juntam-se para prestarem uma espécie de homenagem a outra pessoa. cantam os parabéns, comem boa comida. fiquei sensibilizada. não sei. um bocado de paneleirice não faz mal a ninguém. por outro lado, também soube que essa amiga tem namorado há uns dois meses e fiquei ainda mais feliz. para além de bonita tem uma certa energia contagiante que nos dá vontade de estar com ela. são poucas as ocasiões. mas são sempre bem passadas.

há certas pessoas que me dão vontade de ser melhor. fazem-me sentir melhor. bem. quando tenho boas conversas, bons momentos. vale sempre a pena. e como é domingo digo, são essas alturas que me dão vontade de viver ainda mais e melhor.

desculpem a 'pirosada'

queria postar um excerto da série Glee, mas não consigo que caiba nos limites da coluna. fico-me pelo link que sei que não vão ver. mas pelo menos está aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=paMfCH-4iA0

bom fim-de-semana solarento que eu estou a trabalhar!

momentum

como designer que deveria ser, a minha página deveria estar mais bem apresentada. mas a minha criatividade está a atingir um limite que precisa de ser recuperada. quero uma máquina fotográfica! preciso de me inspirar. preciso de ti!

auge primaveril

é de louvar estar sem inspiração. os últimos post'e's foram maus, curtos, embriagados, desinteressantes. agora quero escrever mas não se me articulam as palavras ou os dedos nas teclas falham aquilo que eu quero escrever. apago tudo o que escrevo. volto a escrever o mesmo. apago. até que me decido o post'o' zero, nada, niente. espero que estejam em melhor estado que eu. abatida, branca e com um escaldão completamente idiota no peito, estou nada ou pouco extasiada com a ideia de fim-de-semana. não sei se por não ter ido ao ginásio, por ter comido só porcaria esta semana, por ter falta de tempo sozinha, precisar de descansar, sono. rien de rien. não sei. não percebo. e pelos vistos assim vou continuar.

o filme de terror

os seres humanos são coisas estranhas e terríveis. tenham cuidado. eles andam aí. por todo o lado. a qualquer momento. a qualquer hora. impossível virar-lhes as costas. não conseguimos evitar. somos todos vítimas e enfants terribles.

miscelâneas II

não sei porquê, agora apercebi-me que já não vou viver mais com o meu irmão! hmm.

falta de vontade

o pior ainda não passou. o pior está a acontecer. treta!