canção

~~ oh my mama told me there would be days like this

para domingueiros

Querido Diário,

passaram quatro dias desde o meu último post. não sei se por falta de tempo ou coisas para dizer. tenho andado amorfa (mas não aparentemente) sempre a ouvir o mesmo tipo de músicas, sempre a pensar no mesmo e nas possibilidades. quero dedicar-me mais ao trabalho, mas parece que outras coisas mais fúteis e menos importantes me ocupam a cabeça. menos importantes porque mestrado né brinquedo não e portanto tenho ou teria de me dedicar de corpo e alma para obter um excelente resultado. até agora não estou desiludida com o meu trabalho, mas às vezes surpreendida até.

hoje isto serve mais como diário que outra coisa qualquer. e ao contrário de numa tese, escrevo o título no fim. sim, porque agora só consigo pensar nisso. na tese, no tema, na dissertação (que é o mesmo que tese), nos livros que deveria estar a ler, nas coisas que devia estar a pesquisar. mas os trabalhos que nos dão também não facilitam isso e um ou outro professor também não.

mas o resto, são histórias.

"functional marriage"

"One needle is just a needle. Not of much value except functional value. Not made from silver or gold or encrusted with diamonds. But when I take a number of needles and give them a form, a meaning, and a story, the value of the object changes. It changes into value, not in terms of its function or material value, but in terms of value as image and as narration (...)"

ultimamente tenho estudado muito o valor dos objectos na cultura contemporânea. conceder significado a uma coisa que, normalmente, seria apenas senso comum. dar importância a objectos que, antes, nada nos diziam. é um assunto interessante sob o ponto de vista de uma aluna de mestrado que procura, em tudo, um tema para desenvolver. o valor pouco inato dos objectos élhes atribuído pelas circunstâncias da sua utilização ou aplicação. um cd, uma caneta, um caderno, uma mala, um livro, um postal ... podia inumerar os que têm significado para mim. mas não vou inumerar. achei que devia partilhar esta experiência de uma aluna do Sandberg Institute, na Holanda.

bom começo de fim-de-semana :)

temos que mudar!

não é muito usual fazer dois posts no mesmo dia, mas não resisto a mostrar esta foto por que me apaixonei, podem encontrá-la no site the sartorialist, blog de Scott Schumann, um fotógrafo que vagueia ruas do mundo à procura das melhores e próximas tendências. fico completamente boqueaberta com algumas das fotos que aparecem. aproveitem! inspirem-se!

quero vestir-me assim!

I lost my love, my life that night ~~

começo a semana cedo, às 6h30 da manhã para não faltar à aula de Body Balance, que tão bem me sabe. esticar o presunto para ver se chego com a cabeça ao joelho enquanto seguro as pontas dos pés com as duas mãos. de regresso a casa ponho água ao lume, envio uma ou duas mensagens e agora, a suspirar Last Kiss dos Pearl Jam trabalho um bocado nas minhas técnicas perecíveis e muito remotas de indesign para entregar qualquer coisa esta tarde. este meu projecto final da disciplina de design de comunicação vai ser o derradeiro teste às minhas capacidades de paginação - que sempre achei ter, mas redondamente me engano. quando vejo os trabalhos dos meus colegas fico pasmada com a capacidade e habilidade de jogar com as palavras, as letras, as formas e as cores. coisa que nunca tinha visto assim. verdade seja dita não vejo a execução de muitos trabalhos de design e, portanto, é tudo novidade. esse é o brilho de lisboa, todos os dias nos acontece uma coisa nova. espero que vocês estejam melhor que eu.

arrivadechi!

com a brisa da tarde no rosto

não é assim que acabo a minha tarde. mas em casa. sozinha. sem companhia. com tempo para me ouvir a mim própria. tempo para mim. para as minhas coisas. para as minhas tarefas. finalmente. adoro estar acompanhada, rodeada de uma, duas, três, quatro pessoas, mas este tipo de momentos, raros ultimamente, também sabem bem e fazem bem. a minha companheira de casa vai ficar na nossa cidade até à próxima semana, o meu irmão mudou-se para uma casa temporária até estar feita a escritura da casa e eu, cá fico, no lumiar, no meu canto até então acolhedor, mais vazio do que nunca, à espera da próxima visita ou da próxima saída. como diz o slogan da ford, feel the difference. depois de um fim-de-semana estranho, mimoso, apático, amistoso, verdadeiro, sinto-me com a cabeça em todo o lado, a contar tudo e de todas as formas. mais não é preciso dizer. fico-me, mais uma vez, com o computador de um lado e uma chávena de chá no outro. bom final de tarde.

Dia Nacional da Amália

dia 6 de outubro de 2009 marca os dez anos da morte de Amália. independentemente de, eu, há dez anos ter apenas dez anos de idade, comemorei-o ontem, dia 7 de outubro de 2009. o dia começou com uma expedição ao CCB para visitar a exposição inaugurada em homenagem à fadista portuguesa que tanto contribuíu para os sentimentos de um povo sofredor. cheia de vivacidade, cartazes de propaganda, anúncios, fotografias, filmes, peças e vestimentas, a exposição estava repleta de sons muito representativos da voz feminina que abençoou várias gerações passadas. já na baixa-chiado, ao passar por um taxi que esperava algum passageiro, o seu rádio soava também estes cantoricos tão expressivos. o dia acabou no concerto do projecto Amália Hoje, no Coliseu dos Recreios, cujo objectivo é abençoar as gerações de hoje e futuras, estimulando e revivendo as músicas escritas por tão esplendorados poetas, a combinação não podia ser melhor. mais não posso dizer que não tem relevância para este mini-post e deixo-vos com algumas imagens da mencionada exposição.

(peço desculpa pela qualidade reduzida das imagens, flash não era permitido)

light the holiday

normalmente quando escrevo inspiro-me em alguma coisa que ouço, vejo ou digo na altura que a caixinha branca está à minha frente. já foi num anúncio, numa música, numa conversa (obviamente). num dia chuvoso, parece que o outono chegou, estou em casa a trabalhar, ver televisão, pintar as unhas e beber uma chávena de chá. agora estou a escrever e parei três das actividades anteriormente descritas. depois de uma semana de mestrado ainda não tenho conclusões para tirar, parece-me imprudente e demasiado cedo. mais semanas me esperam. os feriados à segunda-feira fazem-me lembrar domingos, o que me chateia e quem me conhece sabe que eu detesto domingos. portanto fico meio irritadiça e com um humor pouco aprazível. assim deixo só um gostinho do meu dia para partilhar com alguém que esteja a sentir o mesmo nível de tédio ou de estupidez por estes dias que eu.

boa semana.

um cheirinho a ...

depressão!