quando se fecha uma porta abrem-se as janelas. diz-se por ai. ontem em conversa com a minha mãe sobre o recente acontecimento, discutimos claro, e falámos sobre o facto de não sabermos o dia de amanhã. pelos vistos somos mesmo muito parecidas. ficamos ansiosas, impacientes, às vezes em pânico. mas é isso que dá cor a tudo o que se passa na vida. qual é a piada em sabermos como é que o dia de amanhã vai correr, passo a passo. eu sei que parece e deve ser uma atitude muito ingénua, de quem não conhece o mundo ou a forma como as coisas funcionam. há responsabilidades que temos que não podem ser adiadas de forma alguma. mas há algo de entusiasmante em ter projectos aqui e ali, poder fazer os meus horários e até conhecer pessoas novas todos os dias. não vai ser assim para sempre e a minha vida, eventualmente, terá um sentido só, mas gosto deste tempo para descobrir, tentar perceber se é mesmo isto que quero para mim e até, conhecer as minhas capacidades e limitações, crescer, sair da bolha da rotina e apanhar um bocado da imprevisibilidade da vida. é fácil falar e, como alguém me disse ontem, a vida dá muitas e demasiadas voltas, mas não deixa de, todos os dias, me surpreender um bocado. e eu quero surpreender-me. apesar de este ano estar a ser o pior dos últimos anos, não deixo de me querer esforçar e uma das coisas mais importantes para mim é não perder a genica, o click que me faz levantar todos os dias e pensar que hoje o dia vai ser óptimo. ou amanhã que agora já é noite. foi esse click que me fez sair de portugal e procurar um outro lado do mundo e da vida, da minha vida. há alguma coisa que temos a descobrir todos os dias. e devíamos sempre saber o que é que o hoje nos ensinou - já somos íntimos e tudo. tirar nota disso para daqui a dez anos nos lembrarmos da pessoa que fomos, daquela alminha que já cresceu, mais ainda, e fez de si o que queria dez anos antes. esperar para ver. mas não sentada. a andar, pular, correr, a bailar.
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