hoje recebi um pedaço de boas notícias de uma amiga. notícias que me deixaram bem espantada, petrificada e triste. espantada porque não estava à espera, petrificada porque ainda não acredito que sou crescida e triste porque me apercebo que já não faço parte da vida de certas pessoas. por acaso ontem estava a ler um artigo de uma revista que falava de amizades à distância. ouvimos falar de relações à distância e associamos sempre a relacionamentos amorosos. mas a verdade é que, agora que estou fora, e mesmo não parecendo, dou bastante valor às minhas amizades e mais do que nunca sinto falta delas. sejam de agora ou de há anos, a verdade é que as pessoas nunca deixam de nos pertencer e se há coisa que eu gosto é de estar rodeada de pessoas, mesmo que longe delas. quando fiquei a saber da notícia fiquei a pensar e relembrar de outros anos onde eu era uma pessoa completamente diferente. todos somos diferentes. aperfeiçoamo-nos, complicamo-nos, e mais importante de tudo, crescemos. começamos a responsabilizar-nos por tarefas, trabalhos, pessoas. mas para mim, as coisas acabam por se resumir ao tempo que gastamos a pensar e sentir por aqueles de quem mais gostamos e gostámos. ainda penso no que teria sido uma amizade, como estaria agora, se seríamos pessoas diferentes. mas ainda me consigo pasmar com a capacidade de as pessoas crescerem à minha volta. e olhem para mim, mudei de país, estou a trabalhar, vivo com a pessoa com quem mais quero estar no mundo (a seguir ao meu cão) e remeto-me para os anos em que andava de bicicleta todos os dias, que o verão era de três meses e que durante todo o ano, a maior preocupação era o que vestir no próximo sábado. estou a exagerar claro, mas uma coisa para mim é mais que certa, nunca vou deixar de ser a miúda que sou. e o mesmo digo para quem me rodeia.
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