ultimamente tenho lido muitos artigos que falam de casos de emigração do pessoal jovem. identifico-me com alguns, afasto-me de outros. mas uma das coisas que mais me marcou nessas leituras foi o apontamento geral do facto de quem emigra achar ou ter alguma noção quase inconsciente que as coisas em casa estagnam porque nos vamos embora. as vidas param, as pessoas sofrem a nossa ausência. mas nada disso acontece - obviamente. as pessoas crescem, as vidas seguem, o mundo continua a girar. é ano zero para nós mas não para elas. e isso é perfeitamente aceitável até ao ponto em que deixamos de fazer parte da rotina, das combinações, dos encontros e desencontros. já não somos um do grupo. somos aquele que emigrou e agora se vê de volta à altura em que saiu. é um sentimento falso e uma memória falsa criada, mas não deixamos de sentir que queremos recuperar alguma coisa do que foi perdido. só acho que não sabemos como. agora em lisboa só penso em todas as possibilidades daquilo que posso re-fazer e a primeira vez que me vejo com tempo só quero ficar em casa. sozinha. por não saber que mensagem enviar ou abordagem ter! e tinha este texto pensado desde domingo passado.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
terça-feira, 10 de setembro de 2013
alice in düsseldorf
parece que vim dar uma voltinha a düsseldorf. três horas de avião, um aeroporto longínquo (e errado) e cá estou eu. chegamos ontem, estoirados e cheios de frio e acomodamo-nos nas instalações do clube onde o manel veio à experiência. surgiu uma oportunidade instantânea e sendo relativamente perto decidimos aparecer. até ver, a cidade é bastante bonita. bem organizada, estruturada, bons transportes, ruas limpas, casas amorosas. o problema é um frio mas quem é que não quer relembrar que já morou nas várias temperaturas? parece o nosso inverno em janeiro e os habitantes estão em t-shirt enquanto eu me enrolo em cobertores. amanhã vamos para um hotel no centro da cidade para poder visitar e apreciar. perceber se gostávamos de morar aqui. comemos a primeira wrust ao almoço e tenho estado sempre a trabalhar. percebo o encanto das cidades nórdicas e com um bom agasalho sobrevive-se lindamente.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
do the job(s)
acabei de chegar a casa do cinema. isto de voltar à "civilização" é outra coisa. no campo pequeno e com um balde de pipocas assisti ao filme Jobs. entre várias coisas pus-me a pensar no quanto as pessoas na nossa vida nos conseguem influenciar a tomar ou não uma decisão, a aceitar ou rejeitar uma oportunidade, a seguir em frente ou decidir ficar na mesma. não estou a tomar partidos, qualquer uma opção pode ser válida. mas até que ponto, quem nos circunda não é influenciável o suficiente para nos fazer tomar uma decisão que pode ou não ser a mais acertada? conversa idiota, eu sei. mas penso nisto principalmente no que toca a oportunidades. já falei várias vezes com o manel sobre aproveitar oportunidades. não sou a favor de aceitar todas as oportunidades que nos aparecem à frente. vamos sendo prova de que nem tudo o que vem à rede é peixe. mas até que ponto somos nós que conseguimos definir se aquilo que está à nossa frente deve ou não ser aproveitado? onde é que fomos buscar autoridade? em retrospectiva, nunca nos devemos meter. temos direito à nossa opinião e só a damos se for pedida. porque, fora isso e se não estivermos influenciados na decisão, quem somos nós?
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